sábado, 28 de agosto de 2010

“A Origem” de Christopher Nolan/ Inserindo o Vírus do Pensamento Para Provocar Ações Febris













Este texto contém fortes spoilers para minha análise desejada de detalhes. Assim não é recomendado para quem ainda não assistiu “A Origem” e se incomoda com estas antecipações.

“A Origem” de Christopher Nolan

Inserindo o Vírus do Pensamento Para Provocar Ações Febris

“Sonhei que era uma borboleta e ao acordar não sabia se era um homem que sonhou ser uma borboleta ou uma borboleta que sonhava ser um homem” – Sun Tzu

Sou infinitamente avesso ao cinema em que predominam muitas correrias, tiroteios e explosões, tão comum no cinema americano chamado por alguns críticos nerds de Cinema Adrenalina, um conceito que abomino (se eu estiver simplesmente atrás de aumento de adrenalina no corpo, vou para um parque de diversões e me “acabo” nas cadeiras de um mexicano ou numa montanha russa ou então vou passear numa favela sem UPP-Unidade de Polícia Pacificadora...). Quando uma obra é só adrenalina por adrenalina, sem qualquer vestígio de inteligência, torna-se insuportável. Mas estaria sendo muito injusto com Christopher Nolan se não admitisse que seu magnífico “A Origem” (EUA/Reino Unido/2010) que traz em si bastante desses elementos citados clichês (mas reelaborados e inseridos no contexto da obra) não tenha me fisgado totalmente e o filme já tenha resistido a duas sessões, com crescente fascínio, uma grande dose de novas descobertas e restando mistérios intrigantes que ainda pairam no ar que talvez novas visitas possam dissipar um pouco mais. Algo que é característico dos grandes filmes: essa capacidade que eles têm de nos fazer sentir como se estivéssemos sempre vendo o filme pela primeira vez a cada nova visão.

Existem filmes que não entendemos todo seu desenvolvimento, mas que o queremos ver pelas costas. Não é este o caso: terminado queremos voltar para desvendar ainda mais os seus segredos (pelo menos pra mim e alguns amigos). Ainda que Nolan embuta na boca dos personagens falas que adiantam aspectos dos intrincados jogos mentais em jogo (para se comunicar melhor com grandes platéias), ainda permanecerá fascinantes zonas de sombra a serem desvendadas (ou não). Como tratamos aqui do inesgotável mundo dos sonhos para ser decifrado, como nas sessões de análise, por mais que esmiucemos com o terapeuta com a maior competência e disponibilidade, algo que não sabemos como começa e termina, sem obedecer a ditames da razão, sempre haverá regiões de sombra a serem decodificadas (muitas vezes em vão, pois “mais fortes são os poderes do inconsciente”, ou do polvo, como quer Arnaldo Jabor em seu lindíssimo “Eu Sei que Vou te Amar”).

O roteiro trabalhado durante uns dez anos por Nolan só poderia mesmo ser dirigido por ele e este deve ter ganhado carta branca de grandes estúdios para realizar um filme caro assim e bastante arriscado, autoral (que está sendo um grande sucesso de público e de parte da crítica, o que não era nada garantido) por seu espetacular sucesso “Batman, O Cavaleiro das Trevas/EUA/2008), com no mínimo um trabalho extraordinário de Heath Ledger como O Coringa, merecidamente recompensado como um Oscar póstumo.

Com um roteiro dos mais intrigantes do Cinema Contemporâneo, contendo até mesmo as comentadas cenas de ação clichês retrabalhadas de um cinema bastante recorrente que quer só fisgar o espectador mexendo com seus hormônios e não com suas emoções e cérebro, este aqui em pauta é um grande filme bastante fora da curva da mediocridade vigente, obra em que emoções e sucessivos convites à reflexão não faltam como poucos filmes tidos como blockbusters lograram. Neste sentido, para ficarmos apenas em três exemplos, lembremos da grandeza de “Matrix” (só o primeiro!) dos Irmãos Wachowski, de “Minority Report: A Nova Lei” de Steven Spielberg e do também espetacular e melhor de todos, “V de Vingança” produzido pelos Irmãos Wachowski e dirigido por James McTeigue.

Em “A Origem” o que soa como clichê em outros filmes de muita ação é algo que faz parte da lógica dos sonhos (e quem já não sonhou com correrias e fogo que atire a primeira pedra; eu particularmente já sonhei certa vez que a terceira guerra mundial tinha eclodido e tudo havia explodido, sentindo alívio só ao acordar assustado).

O título brasileiro, “para variar” é completamente equivocado e enganador, não querendo dizer nada. O original “Inception” traduzido por “Inserção” poderia não ser muito comercial, mas traduziria à perfeição o x do problema em “A Origem”ontendo o com seus hormecorrente que qeurado ( que abainda mais s se dissipar um poco.

Dom Cobb (Leonardo DiCaprio, em mais uma grande interpretação, por mais que muitos digam/escrevam que ele tem sempre cara de jovem bom moço, o que é uma maldade) ganhou poderes para entrar no inconsciente das pessoas, nos seus sonhos e então roubar segredos. Acaba se marginalizando vivendo disso e roubando segredos empresariais e industriais. Acusado de ter matado sua mulher Mal (a já diva Marion Cottilard, sempre transpirando emoções nobres e sutis) foge dos EUA. Instalado em vários lugares onde há “trabalho”, num deste mal-sucedido prepara-se para fugir para Buenos Aires. É quando encontra o bilionário Saito (Ken Watanabe) que lhe propõe algo que ele de início recua por não se sentir capaz, mas que depois o captura. Ele que até então tem roubado segredos do inconsciente das pessoas terá agora de entrar no cérebro de Robert Fisher ( Cilliam Murphy, tão excelente aqui como em “Café da Manhã em Plutão” e “Ventos da Liberdade”) como um vírus inoculado num cérebro humano e fazer a inserção de uma idéia inusitada: o pai de Robert está moribundo, deixou-lhe um testamento e ele como herdeiro, de acordo com os planos de Saito deve dividir o império que está por herdar do pai (Pete Postlethwaite de “Em Nome do Pai”), quebrando um monopólio que se preservado pode ser muito perigoso. A recompensa para Cobb, algo prometido pela palavra de Saito, é ser ajudado a voltar para os EUA e para seus dois filhos, eliminando o fantasma de Mal, já falecida ( num suicídio em que não só tenta arrastá-lo mas em que deixa cartas culpando o marido) que o persegue.

Saito, dado a importância do que deseja, quer compartilhar estes sonhos para melhor acompanhar a missão confiada. Para esta realização delicada e complexa que envolve várias camadas de sonho, Cobb conta com os conselhos do pai (Michael Caine, sempre elegante e certeiro), com a ajuda essencial de Arthur (Joseph Gordan Levitt, do polêmico e excelente filme sobre pedofilia e suas conseqüências “Mistérios da Carne” de Greg Araki, exibido no Rio só uma semana, desaparecendo depois do circuito), com o trabalho do designer de ambientes Nash (Lukas Haas), do químico Yusuf (Dileep Rao), do faz tudo Eames (Tom Hardy) e numa condição mais especial (por sugestão do pai) de uma projetista de sonhos, que passará a compartilhá-los com Cobb. Ela que é advertida para não trabalhar com a memória e sim só com a imaginação (algo que Cobb acaba não obedecendo) é sintomaticamente Ariadne (Ellen Paige do delicioso “Juno”) e lhe confiam que crie um labirinto especial de onde só Cobb e sua equipe possam sair.

Muito complicado tudo isso? Sim, claro que é. Mas é desta complicação de tons bastante poéticos que surgem aqui e ali, que o filme se constrói, nos conquista e nos convida não só à reflexão e a no mínimo uma revisita, como também nos satisfaz com um orgia (no melhor sentido) de efeitos especiais embasbacantes, líricos como por exemplo uma rua de Paris que tem uma parte que se levanta, verticalizando-se por onde Cobb e Ariadne caminham como em “2001, uma Odisséia no Espaço”. Aliás, outras belíssimas e tensas seqüências também remetem a este clássico da ficção científica de Kubrick. Quem pensar nos labirintos de Borges aqui e ali, não estará tendo visões. Com espelhos se cria uma estrutura em abismo com imagens sucessivamente refletidas de Cobb e Ariadne com forte força poética. Outras cenas nos remetem aos trabalhos geniais de M.C. Escher e suas estruturas oníricas com jogos de perspectiva que são autênticos desafios às nossas noções de realismo. A culpa que move Cobb nos lembra também um pouco o físico de “Solaris” de Andrei Tarkovski que tem sua mulher ressuscitada várias vezes para depois continuar a morrer, devido às influências/emanações do planeta Solaris.

Nolan em entrevista declarou que assistiu ao fundamental “O Ano Passado em Marienbad” de Alain Resnais só depois de concluído seu filme. No entanto na relação de Cobb com sua mulher Mal é evocado um pouco do clima desta obra de Resnais, pois o que se tem é um casal num tempo e espaço remetendo a outro tempo e espaço com bastante estranhamento, onde não sabemos o que é sonho, o que é realidade, o que é imaginação.

Há um pião de posse de Mal que uma vez jogado e se depois de certo tempo ele cai, sinaliza que estamos no plano da realidade. Se ele continuar girando indefinidamente estamos no plano do sonho.

Por terem sido sedados, os personagens que se matam para sair do sonho em que acreditam/descobrem estar imersos, não acabam acordando e sim ficam no limbo, onde envelhecem.

Na iniciação de Ariadne no mundo dos sonhos, numa Paris magnificamente captada, ampliando a beleza já intrínseca da cidade, temos uma onírica explosão em câmera lenta com mil pequenos destroços lançados que rivaliza em beleza com a estonteante explosão final de bens de consumo como geladeiras, televisões, etc. num dos seminais filmes de Antonioni, “Zabriskie Point”.

Nunca se sabe ao certo como começa e termina um sonho. Este pode se interromper só ao acordarmos. Por mais então que nos esforcemos para lembrá-lo, jamais ele poderá ser reconstituído ipsis litteris: sempre pairará uma aura de sombra e mistério. “A Origem” é construído assim: por mais que o assistamos e procuremos desvendar sua estrutura, seus segredos, sempre pairará uma aura de sortilégios que faz o fascínio das grandes obras de arte.

O fantasma de Mal e o sentimento de culpa de Cobb interferem bastante no seu inconsciente, quebrando a noção de que não se deveria trabalhar com lembranças, o que Ariadne descobre. Saito acaba levando um tiro e fica à beira da morte de forma tal que se isto acontecer de vez não poderá cumprir a promessa de fazer Cobb voltar para os seus filhos. Os espaços e tempos oníricos vão se metamorfoseando em ininterruptas reviravoltas. Sonhos dentro de sonhos. Cobb que envelhecia com Mal numa paisagem composta de ruínas e construções, acaba por fim confessando a Ariadne a razão de tanta culpa: para testar se era mesmo capaz de uma boa inserção (o que os letreiros ridículos traduzem por uma origem (sic)), decidiu inocular no inconsciente da própria mulher a idéia de suicídio.

Tudo o que já foi escrito aqui é um apanhado linear que não faz justiça à pujança e oportunidades em que estes acontecimentos se dão/são revelados.

Depois de ser até torturado para revelar o segredo do cofre do pai, Robert Fincher num encontro com ele já moribundo, abre este cofre, lá encontra um origami e se dá conta que o que o pai mais deseja no seu estado terminal é que o filho seja ele mesmo, não o imite.

Num encontro com Saito já velho, numa circularidade narrativa que nos remete ao início do filme, Cobb quase que suplica para que este o ajude a voltar para os EUA e os filhos. Num corte temos Cobb chegando ao aeroporto de Los Angeles, tendo o passaporte aceito sem problemas e no caminho encontrando personagens de suas atribuladas trajetórias. É recebido pelo pai (Caine) e chega por fim em casa, abraçando os filhos, agora vistos pela primeira vez de frente. A câmera se afasta destes e vemos o pião rodando sobre a mesa. Ele cairá ou não? Um corte seco nos leva aos letreiros finais e dado a ausência de resposta sobre a queda ou não do pião fica a incômoda sensação de que tudo pode ainda ser mais um sonho. Teríamos aqui um final em aberto: Cobb tanto pode ter voltado realmente para a família que lhe restou, como pode estar ainda numa roda-viva onírica.

Um amigo, entretanto, chamou-me a atenção para mais um detalhe. Depois que a tela escurece sem mostrar o resultado do movimento do pião, ele ouviu na trilha o som de um pião caindo, algo que eu envolvido com a emoção arrebatadora do filme não ouvi. Tendo este meu amigo razão, pode-se concluir que estamos sim no plano da realidade. O final seria então fechado. Consultado outro conhecido cinéfilo ele não ouviu este barulho assim como eu.

Se verdadeira a noção inequívoca de se ter voltado à realidade, eu neste ponto discordo de Nolan: seria ainda mais bonito se o filme terminasse em aberto. Mas meu amigo também pode ter tido um efeito auditivo de wishful thinking (pensamento desejante) e ouvido o que de fato não ocorreu.

Pensando bem. “A Origem” merece certamente ainda outra visita. Outros mistérios além deste golpe do pião podem assomar para nosso espanto e prazer.

Os filmes anteriores de Nolan como “Amnésia”, “Insônia”. “O Grande Truque”, “Batman Begins” e até mesmo “Batman, O Cavaleiro das Trevas”, em maior ou menor grau aqui e ali, não me despertaram grandes entusiasmos. Mas como fiquei completamente chapado, siderado e extasiado com “A Origem” este conjunto de obra merece urgentemente uma revisão.

Oswald de Andrade morreu sem ver realizada sua profecia: “um dia as massas vão comer do biscoito fino que fabrico”. Já Nolan, como raros outros blockbusters lograram, construiu um biscoito finíssimo para as massas. Vamos aproveitá-lo, saboreá-lo. “A Origem” é um banquete de signos junguianos, freudianos e lacanianos que merece ser degustado sem preconceitos.

Ps1 Sonhei outro dia que estava em altos papos com Caetano Veloso com a maior intimidade. De um ambiente que deveria ser o Rio de Janeiro, acabamos em Mogi das Cruzes, interior de São Paulo, num outro tempo, onde fui apresentá-lo aos meus pais. Isto é o que me lembro. Deste fio de sonho resultou uma das mais belas sessões de análise junguiana que venho fazendo, com uma hora de duração.

Ps2 Para o crítico Inácio Araújo da Folha de São Paulo, “A Origem” é um falso diamante. Discordo radicalmente: “A Origem” é um diamante que dilapidamos cada vez mais junto com o diretor, entrando e saindo do seu filme tão sonhado que obedece mais aos imperativos do sonho que da assim chamada vida real.

Ps3 Pode-se argumentar que David Linch foi mais fundo no mundo dos sonhos com “Império dos Sonhos”, o que pode até ser verdade. Mas é forçoso também reconhecer que esta obra feita em digital com três horas de duração não é puro deleite. Algumas vezes caímos num tédio mortal. O que não acontece com “A Origem” e sua narrativa aliciante e também numa das obras-primas de Linch em que o mundo onírico também é invocado que é “Cidade dos Sonhos”.

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Nelson Rodrigues de Souza

Um comentário:

  1. Acabei de ver o filme e seu Post é brilhante!Quero dizer que seu amigo tem razão...o barulho existe... será um pensamento desejante???acho que não eu de fato ouvi.Adorei.

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