sábado, 14 de agosto de 2010

“Medos Privados em Lugares Públicos” de Alain Resnais/ Deus no Paraíso Lá em Cima e Seres Queimando no Inferno Aqui Embaixo










“Medos Privados em Lugares Públicos” de Alain Resnais

Deus no Paraíso Lá em Cima e Seres Queimando no Inferno Aqui Embaixo

Alain Resnais é dentre os cineastas que conheço da História do Cinema, aquele que melhor conjuga cerebralismo com emoção. Ambos os elementos estão presentes de forma intensa e altamente equilibrada em seus filmes, sem que uma vertente ofusque a outra. Isto tem resultado em filmes mais ou então menos difíceis, onde temas como tempo, memória, imaginação, vida, morte e solidão, etc. são tratados com grandeza rara. Nos últimos filmes há uma tendência à maior comunicabilidade. Mas depois de seus célebres curtas-metragens (“Guernica”, “Noite e Névoa”, “Toda Memória do Mundo”, dentre outros), sua estréia num longa-metragem resultou num dos mais belos enigmas do cinema.

Baseado num roteiro de Marguerite Duras, em “Hiroshima, Meu Amor” (1959), no encontro entre um arquiteto japonês e uma atriz francesa em Hiroshima, com sucessivos flashbacks das conseqüências da paixão dela por um soldado alemão em Nevers, nos é levantada a questão de que precisamos esquecer a bomba lançada em Hiroshima e a guerra de modo geral, para podermos continuar vivendo. Mas ao mesmo tempo não podemos esquecer o que aconteceu para que isto não se repita. Esquecer e não esquecer, eis a questão.

Um enigma ainda maior é o filme seguinte, “O Ano Passado em Marienbad” (1960), com roteiro de Alain Robbe-Grillet, um dos papas do noveau roman francês. Aqui com vertiginosos movimentos de câmera, com encantatório uso de voz em off, com peso literário belíssimo, num luxuoso e enorme hotel, um homem e uma mulher casada se encontram e ela não sabe se já se conheceram ou não o ano passado, o que ele afirma. Isto é uma sinopse que diz muito pouco sobre o filme. Seu impacto visual é extraordinário, sua montagem maravilhosa e se um filme tem sempre múltiplas interpretações, este aqui tem infinitas. Pode ser revisto sempre que novos significantes e significados se imporão. É um mistério permanente, onde há até quem faça interpretações de ordem espiritualista. O ano passado seria outra vida....

“Amores Parisienses” (1997), ao seu modo, repercute no filme aqui em questão que é “Medos Privados em Lugares Públicos” (França/Itália 2006). O primeiro, numa experiência singular, com é de hábito em Resnais, escuda-se em canções populares que são cantadas no original (mesmo personagens femininos aparecem com vozes masculinas e vice-versa), de uma forma a sintetizar seus sentimentos. Há uma ciranda formada pelos personagens, num tom engraçadamente melancólico e esta estrutura repete-se aqui no filme que mais nos importa agora.

Se tivermos que reduzir “Medos Privados em Lugares Públicos” a um único tema primordial é certamente a solidão do homem urbano contemporâneo. Resnais ao mesmo tempo em que se solidariza com seus personagens, tratando-os com ternura, os olha um tanto à distância. “Comparo o filme a uma teia de aranha, onde insetos ficam presos isoladamente, mas todos se mexem juntos ao menor movimento da teia” - sintetiza o diretor.

Charlotte (Sabine Azéma) e Thierry (André Dussolier) trabalham numa imobiliária. Thierry vive com sua irmã bem mais nova, Gaélle (Isabelle Carré), que está ávida por encontros amorosos que programa por sites e anúncios, sem sucesso. Dan (Lambert Wilson) é um ex-militar desempregado, expurgado da corporação, que não procura emprego, vive com Nicole (Laura Morante) e se embriaga no hotel onde trabalha o barman Lionel (Pierre Ardit), seu confidente. Thierry procura um apartamento que agrade Nicole, onde ela pretende morar com Dan. Charlotte tem um outro trabalho como enfermeira do pai de Lionel (voz em off de Claude Rich) do qual vemos apenas os pés, um velho bastante ranzinza e intolerante.Charlotte ao mesmo tempo em que se mostra bastante religiosa, participa de fantasias eróticas fetichistas que transmite por gravação em vídeo ao seu colega Thierry, pertubando-lhe o desejo e a percepção. Dan separa-se de Nicole, por um tempo, num acordo mútuo e acaba conhecendo Gaélle.

Assim a teia de aranha está formada. O filme é segmentado em várias seqüências que não negam a origem teatral da trama, sendo que as tênues separações são feitas por uma onipresente neve caindo, num efeito belíssimo que ressalta a frieza que se instala nos corações solitários (É interessante lembrar que na França o filme ganhou o título “Couers”. Aqui prevaleceu o nome original da peça, base do filme, que é bem mais instigante).

Num dos mais belos momentos do filme, num encontro de confissões entre Lionel e Charlotte, parece nevar no apartamento. Os dois manifestam suas visões da religiosidade. Lionel gostaria de ter a fé que ela tem, mas para ele Deus está no paraíso enquanto os seres humanos estão queimando no inferno aqui embaixo. Para Charlotte o inferno está dentro das pessoas, manifestando-se pelas tentações. Pierre Ardit e Sabine Azéma, atores fetiches de Resnais, estão soberbos, dentro de um elenco bastante equilibrado e muito bem dirigido. Os enquadramentos também se mostram belos e engenhosos como é habito em Resnais. Não é à toa que o filme ganhou o prêmio de melhor direção para Resnais no Festival de Veneza de 2006.

“Medos Privados em Lugares Públicos” é baseado em uma peça do dramaturgo inglês Alan Ayckbourn que também inspirou os extraordinários e pouco vistos no Brasil, por um péssimo lançamento, “ Smoking/ No Smoking “(1993), um admirável tour de force de Pierre e Sabine, onde eles interpretam vários papéis, num ensaio sobre a implacabilidade do acaso. O ato de aceitar ou não um cigarro pode determinar o destino dos personagens, gerando dois filmes com a mesma estrutura, mas distintos. Os filmes, chamados de dupla-metragem, chegam ao requinte de abordar diferentes desenvolvimentos para uma tomada de decisão (um casal tirar ou não tirar férias tem profundas conseqüências na vida dos protagonistas). Duas alternativas se apresentam e se desdobram em mais duas, criando assim uma árvore e seus ramos, com o destino humano visto em várias de suas nuances.

Alan Resnais no lançamento de “O Amor à Morte” (1984) se definiu como um ateu místico. Assim seus filmes mesmo que bem fincados no real carregam sempre uma aura de mistério. Um dos mais fabulosos é “Providence”(1976), o mais belo retrato que conheço no cinema, do processo criativo de um artista, no caso um escritor, com soberba atuação de Sir John Gielgud. “Medos Privados em Lugares Públicos”, feito por Resnais aos 85 anos está longe das obras primas monumentais que ele já legou à História do Cinema. Mas mesmo assim, está muito acima da média do que tem nos mostrado o Cinema Francês. Pelo menos em relação ao que tem chegado ao Brasil.

Resnais dificilmente assina seus roteiros (em “Smoking/No Smoking” é co-roteirista). O trabalho de roteirização já é uma forma de direção, dando sugestões aqui e ali. Daí o fato de apesar de contar com escritores como roteiristas, além de roteiristas propriamente ditos, não deixa de ter uma obra profundamente autoral. O tempo e a memória são temas onipresentes. Em “Medos Privados em Lugares Públicos” personagens são corroídos pela memória que os persegue mostrando o descompasso entre o que desejam e o que são, submetidos que estão ao desgaste do tempo em seus sentimentos e relações afetivas.

Mesmo no inferno em que aqui queima os seres, com um Deus impassível, nos mostra Resnais, há momentos tênues, onde um aconchego é possível e um fugaz paraíso se instala. É o misticismo de Resnais que dá as caras em meio a uma visão cética, docemente ácida da solidão (irremediável?) dos seres, num universo de relações voláteis.

Resnais como grande autor desvia-se de Carlos Drummond de Andrade: não cansa de ser moderno, sem deixar de ser eterno.

Ps1 Um autor da importância de Alain Resnais jamais poderia ter filmes inéditos no Brasil ( alguns só foram vistos em festivais, como “A Vida é Um Romance”, “Melo”, “O Amor à Morte”. Coisas de um sistema exibidor predatório, onde um conjunto interminável de blockbusters, franquias ou não, de qualidade muitas vezes duvidosa, invadem mais de 90% das salas brasileiras, sufocando não só o Cinema Brasileiro, mas o Cinema Estrangeiro que se recusa a ser deglutido como fast-food. Um problema seríssimo para ser resolvido pelo governo em suas várias instâncias, com grande atuação do Ministério da Cultura. Ao contrário do que pregam os neoliberais de carteirinha, tem de haver neste caso uma intervenção governamental no mercado. Acorda Ministro Juca Ferreira!

Ps2 Este texto foi publicado originalmente no jornal Montblãat. Aqui o temos com cortes, acréscimos e correções.

Ps3 “Medos Privados em Lugares Públicos” está em cartaz em São Paulo no complexo Belas Artes há mais de três anos. Seu sucesso motivou o lançamento de “Na Boca, Não” e “Ervas Daninhas” mas estes não caíram no gosto do público como este fenômeno a ser bastante comemorado. Nem tudo está perdido na relação exibidor&espectadores no Brasil...

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Nelson Rodrigues de Souza

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