segunda-feira, 13 de setembro de 2010

“O Signo da Cidade” de Carlos Alberto Riccelli / A dor humana mitigada pela solidariedade na aglomerada solidão da metrópole













Este texto contém spoilers, ou seja, detalhes de filmes são revelados para serem mais bem analisados.

“O Signo da Cidade” de Carlos Alberto Riccelli

A dor humana mitigada pela solidariedade na aglomerada solidão da metrópole

Uma das “sete pragas do Egito” que assola parcela da crítica cinematográfica contemporânea brasileira é a detonação quase que automática de filmes corais. Filmes corais são obras em que várias vozes são ouvidas em histórias que se desenvolvem paralelamente, algumas com defasagens de tempo e que aos poucos vão sendo mais bem compreendidas, tendo às vezes um personagem principal catalizador ou não, com uma tendência a dar importância e peso equivalente à maioria deles. Claro que há muitas variações dentro desta estrutura coral e personagens de exceção. O equívoco desta crítica impiedosa é acreditar que depois das obras-primas do gênero que o gênio Robert Altman construiu como “Nasville” (1975), “Cerimônia de Casamento” (1978) e “Short-Cuts- Cenas da Vida” (1993) e que outro gênio, Jean Renoir, também, de certa forma, antecipou com o clássico “As Regras do Jogo” (1939), o resto tende a ser diluição oportunista. Nada mais falso: Paul Thomas Anderson no magnífico “Boogie Nights-Prazer Sem Limites” (1997) e na obra-prima “Magnólia” (1999), com sua catártica chuva de sapos apocalíptica, se mostrou um discípulo extraordinário e comovente de Altman, com filmes corais de grande impacto.

Estas obras de Thomas conjugadas nos mostram um precioso e devastador painel dos desencontros e descaminhos da sociedade americana em que as pessoas se afogam no narcisismo, na catatonia, na alienação, no hedonismo, no individualimos, no racismo, na misoginia, etc., temas também caros a Altman. Numa chave mais particular ( principalmente em “Magnólia”) as pessoas deixam aflorar a sua humanidade em situações limites como doenças terminais que levam enfim pais a se reconciliarem com filhos, mesmo que por um tempo exíguo. Nada mais humano. Infelizmente nada mais tão execrado por parte da crítica que parece estar sempre ávida só por filmes que nos deixem sempre com a boca amarga após as projeções ou então por filmes totalmente escapistas. Como reconhecimento à sua veia altmaniana, Paul Thomas Anderson teve a honra de ser escolhido pelos produtores de “A Última Noite”- EUA/2006 (provavelmente com o aval do próprio Altman) para ficar de stand-by nas filmagens desta obra derradeira da carreira de Altman que este rodou em precárias condições de saúde, mas conseguiu concluí-la (está longe de seus melhores trabalhos) e como este artista maior morreu logo depois, passou a ser um premonitório testamento cinematográfico, com seu clima de fim de uma era, no caso um programa musical de rádio, com personagens naïves inadaptados ao pragmatismo que passa a ser reinante.

“Crash-No Limite” (2005), com direção e roteiro de Paul Haggis (roteirista de obras-primas de Clint Eastwood” como “Menina de Ouro”-2004 e “A Conquista da Honra- 2006 ) num elaborado retrato multifacetado das tensões sociais, raciais e políticas de uma Los Angeles devastada do pós 11 de setembro ( “onde as pessoas dão encontrões uma nas outras para sentirem alguma coisa, ou seja colidem uma com as outras para terem uma forma de contacto humano ainda que precário, tão fechadas que estão por detrás dos vidros de seus carros”), foi reduzido até mesmo a pó de traque por parte da crítica, havendo até quem escreva que não é cinama. É certo que o filme apresenta alguns truques narrativos talvez demasiadamente visíveis, algumas coincidências excessivas que podem desafiar a nossa suspenção da descrença (mas a vida não é cheia delas?), num filme de tomada de posição estética realista. Mas no conjunto e em detalhes e seqüências eloquentes ( principalmente no grandioso conjunto de eventos que faz com que um iraquiano falido atire num chaveiro, estando este com uma criança no colo,o que gera um bastante expressivo cartaz da obra), temos um filme muito bom e nada negligenciável e descartável como advogam muitos, captando com a antena que os artistas têm, o ar pesado de Los Angeles, suas teias de aranha de intolerâncias mútuas, onde negros, brancos, mexicanos, coreanos, muçulmanos, latinos de modo geral etc. se contaminam todos por uma forma de opressão, quando não de omissão, relativizando a noção de o bem e o mal. Basta lembrar a negra que nega assistência médica ao pai do policial racista, escudando-se em minúcias da burocracia, tecnicalidades que poderiam ter sido relevadas.

”Crash-No Limite” ganhou surpreendentemente o Oscar de Melhor Filme em 2006, quando o grande favorito, merecidamente, era o extraordinário “O Segredo de Brokeback Mountain” (2005) de Ang Lee, este sim uma obra-prima que já tinha ganhado praticamente todos os prêmios importantes, até mesmo um Leão de Ouro em Veneza de melhor filme. Mas esta flagrante injustiça dos membros da Academia de Hollywood não pode nos deixar cegos quanto às grandes e evidentes qualidades de “Crash-No Limite” apesar de seus defeitos (por exemplo: o policial que no abuso de suas funções apalpa a mulher de um negro, casal que tinha sido flagrado num fellatio num carro, com o silêncio temeroso do marido diante da ofensa à mulher, numa averiguação racista, sendo que depois este mesmo policial salva esta mesma mulher de um acidente de carro, com explosões sucessivas, sem economia de dramaticidade, com tudo em câmera lenta, enfim estas correlações todas carregam em si uma obviedade desnecessária). Em outros aspectos “ironias do destino” o filme é muito mais bem sucedido, tendo uma força apreciável e compondo um quadro de uma Los Angeles/América em derrisão, apocalíptica, com maiores ressonâncias, muitas vezes atordoante e pungente.

Quando de sua exibição nos cinemas, chegou a vez da detonação por alguns críticos de “O Signo da Cidade” (Brasil/2007), outro filme de estrutura coral, com roteiro de Bruna Lombardi e direção de Carlos Alberto Riccelli, segundo filme da dupla que vive entre São Paulo e Los Angeles há anos ( o primeiro, “Stress, Orgasms and Salvation” (2005), seria lançado em 2008, o que não aconteceu, tendo sido exibido só na Mostra de São Paulo). Segundo Riccelli lançar um filme brasileiro é uma tarefa mais difícil do que realizá-lo, sentimento que é comungado por muitos outros cineastas brasileiros. Lançado em meio ao burburinho de filmes ganhadores do Globo de Ouro e concorrentes/ganhadores do Oscar no início de 2008, este fundamental trabalho passou quase que despercebido pelo público, o que é uma pena, pois grandes qualidades não lhe faltam. Se “Magnólia” e “Crash-No Limite” nos impressionam pela contundência, “O Signo da Cidade” sem abdicar de mostrar a dureza que é viver enredado na ”aglomerada solidão” ( expressão muito feliz de Tom Zé em “São, São Paulo, Meu Amor”) de uma grande metrópole, não deixa de mostrar muita poesia neste cotidiano de vidas anônimas, muitas delas desesperadas.

As histórias paralelas que acabam se tocando de alguma forma são universais, mas a cidade de São Paulo pelas panorâmicas e minúcias arquitetônicas escolhidas a dedo, também é um grande personagem de “O Signo da Cidade”, conforme acontece com muitas obras do absurdamente subestimado grande cineasta Walter Hugo Khoury (do seminal clássico “Noite Vazia”-1964), com o essencial “São Paulo S/A” (1963) de Luis Sérgio Person e mais recentemente com as obras de Ugo Giorgetti ( do extraordinário e demolidor “O Príncipe”-2002), “A Via Láctea” (2007) de Lina Chamie e “Não Por Acaso”(2007) de Philippe Barcinski ( uma bela obra, mal lançada e pouco vista que num certo aspecto também dialoga com o filme em questão, com o tema da força da existência do acaso ( ou não....)), dentre outras homenagens que a cidade de São Paulo recebeu.

Em “O Signo da Cidade”, Teca (Bruna Lombardi) é uma astróloga que trabalha num programa de rádio à noite (com o título do filme) onde ouve os dilemas, angústias, as encruzilhadas humanas etc., por telefone, de anônimos e procura orientá-los dentro de seus limites, transparecendo honestidade, sinceridade e delicadeza naquilo que faz para pessoas que não têm outros seres para ouvi-las com a atenção que merecem, sendo que o grau de exposição de suas almas só aflora com o carisma da formosa bruxa. Em seu consultório ela também joga tarô, buscando a mesma seriedade onde dentre outros atende o jovem depressivo e suicida Luís (Thiago Pinheiro). Teca vem de uma separação dolorida e acaba se envolvendo afetivamente com Gil (Malvino Salvador), vizinho extremamente mal-casado com Lydia (Denise Fraga), que tem um caso extraconjugal com uma pessoa perigosa, o que esconde do marido, passando a procurar ajuda esotérica de Teca, criando situações éticas melindrosas.

Mônica (Grazielle Moretto) é a assistente de Teca na rádio, pragmática, cínica, divertida e que se envolve com Devanir (Fernando Alves Pinto) que conhece num assalto e que promete levá-la para uma viagem dos sonhos em Cancún. Cristina Mutarelli é uma dondoca que procura Teca sem saber bem o que quer e tem uma relação bastante superficial com o filho (“Gostou da camisa que lhe dei?”- pergunta num momento de encontro com o filho, com o tempo de uma faísca), o que se mostrará um desastre. Sombra (Luis Miranda) é um enfermeiro generoso que segundo colegas entra em “transe mediúnico” e cuida das pessoas com sucesso, com a destreza de um médico formado. Josialdo (Sidney Santiago) é um consciente e atrevido (no bom sentido da palavra) travesti que se prostitui nas ruas. Biô (Bethito Tavares) sem que a mãe (Ana Rosa) saiba, muda seu look ao sair de casa, tem uma grande amizade com Josialdo e trabalha na rádio com Teca. Gabriel (Kim Ricelli) vende até seu instrumento musical, juntando dinheiro para proporcionar uma viagem a Cancún para a mãe Isadora (Irene Stefânia), prisioneira da depressão e de remédios de tarja preta, que chega até a procurar pelo telefone ajuda de Teca em seu programa de rádio, uma ajuda em que ela se auto-sabota.

Zécarlos Machado é um delegado que ao mesmo tempo em que hipocritamente encosta Teca na parede questionando a seriedade de seu trabalho, sai à noite em busca de travestis. Adélia (Eva Wilma) criou Teca depois que o pai Aníbal (Juca de Oliveira) desapareceu sem mandar dinheiro, quando a filha era jovem, com mais empenho ainda depois que a mãe de Teca, Helena morreu. Celeste (Selma Egrei) é uma amiga de Adélia que surge en passant dentro da obra, servindo café com um sorriso luminoso. Júlia (Laís Marques) é uma jovem de tendências suicidas que faz um aborto clandestino, ex-namorada de Luís e que acaba encontrando na incansável Teca, uma tentativa de ajuda para sair do inferno em que vive. Orievaldo (Rogério Brito) tanto vive experiências como um assaltante gauche, um pai desesperado com o filho doente, como também como um segurança desastrado e perigoso em seu serviço. Rafa (Marcelo Lazzaratto) é um enfermeiro gay, evangélico e dedicado que cuida de Aníbal. Este último como parente espiritual de “o louco em cima de uma árvore” de “Amarcord” (1973) de Fellini, quer ver uma mulher (e nua....), para levar esta sensação para a eternidade. Rafa atende seu pedido e consegue que a enfermeira Yolanda (Valéria Lauand) generosamente (“Um dia podemos estar no lugar dele...”) realize um streap-tease para o velho Aníbal. Tanto este episódio como o das revelações especiais até então caladas na alma de Adélia (que sempre reiterou seu ódio por Aníbal e diz a Teca para apenas rezar por ele e não visitá-lo no hospital) são momentos dos mais intensos, belos e tocantes da História do Cinema Brasileiro). Estas como outras seqüências só não comovem os que têm coração de pedra, ou para usar uma expressão de Luis Fernando Veríssimo que vale a pena sempre citar, as pessoas com coração de uva passa, as quais estão sendo produzidas aos borbotões nesta era de individualismos tão consagrados. Iara Jamra é uma agente de viagens cujos olhinhos brilham ao se deparar com notas de dinheiro “vivas”. Wandi Doratiotto compõe um cara que trabalha num estacionamento e que será testemunha de um dos momentos mais difíceis desta delicadíssima tapeçaria de destinos humanos entrecruzados que Bruna Lombardi construiu com seu roteiro e Carlos Alberto Riccelli deu uma vida cinematográfica fantástica e exemplar.

Caetano Veloso imortalizou São Paulo, ao seu modo instigante, no clássico “Sampa”. Numa cidade mais dura ainda em suas contradições do que a que o poeta retratou, não deixa de ser sintomático tê-lo cantando numa belíssima seqüência que acompanha a desolação de Gabriel com a morte da mãe. Vale a pena reproduzir aqui na íntegra a letra de Bruna, com alguns realces, que foi musicada por Carlos Alberto Riccelli:

Sozinho na Cidade

Pra onde ela foi a cidade que eu tinha

e tudo o que era meu...

Eu tinha o chão, tinha o céu e agora

nem sei o que aconteceu.

Você foi embora e a rua vazia

a casa vazia doeu...

ainda queria dizer tanta coisa,

mas não deu...

Pra onde foi tudo o que eu tinha

pra onde você foi

e eu

vou pra onde?

Aonde a gente se esconde

do que aconteceu...

ainda queria dizer tanta coisa

mas não deu...

nessa cidade tão cheia de gente

ninguém sabe o que você sente

ninguém quer saber de ninguém

Está tudo escrito ou a gente pode mudar?”- pergunta Gil a Teca. Ao seu modo delicado e requintado “O Signo da Cidade” é uma obra que tem como centro esta questão, cujos impasses humanos que se criam a partir dela, só vão encontrar solução amenizadora na grandeza com que um espírito mitigador de solidariedade ecloda para aplainar conflitos sociais e existenciais. Sim, é preciso que tenhamos ainda solidariedade até mesmo com nossos defeitos graves, procurando mudá-los. O filme nos aponta para a necessidade de uma relação dialética para lidarmos com o que pode ser mudado e o que tem que ser aceito porque foge dos nossos domínios. É uma obra que passa longe de qualquer visão conformista e não pode ser confundida com o didatismo de obras de autoajuda, pois no filme estamos mesmo é no reino da pura poesia.

“O Signo da Cidade” é um trabalho feito com muito amor ao cinema (que resplandece no roteiro de Bruna Lombardi, na direção de Carlos Alberto Riccelli, na fotografia muitas vezes expressivamente granulada de Marcelo Trota, na montagem fundamental de Márcio Hashimoto Soares, na trilha sonora de Sérgio Bártolo e Zé Godoy, que tem até o Cartola de “As Rosas Não Falam”, em instrumental, pontuando dramaticamente uma cena marcante etc.), com muito amor ao ser humano e os labirintos em que a vida o coloca, muito amor aos atores (alguns, autênticos ícones do melhor cinema que já se fez em São Paulo, como Irene Stefânia, Eva Wilma e Selma Egrei), com muito amor à cidade de São Paulo, com sua “feia fumaça que sobe apagando as estrelas”, tendo sua beleza e solidão ressaltadas por suas torres de transmissão e belos ângulos na captação de suas paisagens, seja em planos próximos, médios ou panorâmicos.

Defeitos? Se procurarmos o filme têm (temos que entender bem os efeitos do álcool das bebidas e do álcool puro; algumas coincidências podem soar excessivas; alguns personagens renderiam mais se tivessem um tempo maior de exposição; algumas situações são por demais elípticas, o roteiro talvez seja por demais enxuto). Mas dado a excelência do conjunto e de muitos magníficos e antológicos detalhes e seqüências, procurar estes defeitos é como agir como um neurótico que tem diante de si um grande banquete e começa a procurar moscas que possam estar ali passeando.

Com Aníbal muito mal em seu leito no Hospital, Sombra lê um belíssimo poema que merece ser citado:

Poema do Sombra

Se perdem gestos,

cartas de amor, malas, parentes.

Se perdem vozes,

cidades, países, amigos.

Romances perdidos,

objetos perdidos, histórias se perdem.

Se perde o que fomos e o que queríamos ser.

Se perde o momento.

Mas não existe perda,

existe movimento.

Assim, o que a obra tenta nos mostrar, não sem sofrimento, é que “não existe perda, existe movimento”. Numa canção também linda com letra de Bruna e música de Riccelli, “Sorte”, que Maria Bethânia canta, está uma das outras chaves do filme: ”Pode estar escrito em algum lugar ou a gente escreve ao caminhar”. É no movimento e não na inação que as “soluções” podem aparecer. E mesmo quando não há movimento possível, este paradoxalmente comparece. A poetisa Adélia Prado, a “Dona Doida” sublime nos explica melhor: “Eu sempre sonho que uma coisa gera. Nunca nada está morto. O que parece vivo, aduba. O que parece estático, espera”.

A grande beleza, sensibilidade e o grande talento artístico de Bruna Lombardi ( aqui também num belíssimo trabalho de atriz como Teca, mesclando suas certezas, incertezas, seus desesperos, suas dúvidas, suas tristezas e coragem etc.) e do marido Carlos Alberto Riccelli (aqui com um grande trabalho de direção, tendo atuado exuberantemente como ator no clássico “Eles Não Usam Black-Tie (1981) de Leon Hirszman e nos muito interessantes “Brasília 18%” (2006) de Nelson Pereira dos Santos e “Ele, o Boto” (1987) de Walter Lima Júnior, dentre outros filmes), o casamento humano e artístico dos dois, gerando o belo e promissor filho e ator Kim Ricelli, enfim toda a dádiva deste encontro ( estava escrito nas estrelas?) “é uma prova da existência de Deus”......Ou dá para acreditar que de acaso em acaso, juntando-se moléculas com moléculas, após um Big-Bang, com adaptações sucessivas darwinianas à natureza etc. tenham surgido estas maravilhas? Quem puder que dê outra explicação. Mas crente ou não, não perca este grandioso e emocionante filme brasileiro. Se você chorar em muitas cenas, respeite e não se envergonhe de suas lágrimas. Elas são genuínas diante da beleza ( atroz e/ou amena) do que se vê e se sente.

Ps1. O filme recebeu os seguintes prêmios: Melhor filme do júri popular do 4º Amazonas Film Festival, Melhor Filme, Roteiro, Ator (Juca de Oliveira), Ator Coadjuvante (Luís Miranda) no 3º FestCine Goiânia, Melhor Filme do Júri Popular do FIC- Brasília 2007. Merecia ter tido uma carreira maior em festivais de mais prestígio.

Informações preciosas para o texto foram obtidas através do site, também belo e imperdível, www.osignodacidade.com.br .

Ps2 Em 2010 um belíssimo filme coral de Rodrigo Garcia, “Destinos Ligados/ Mother and Child” (EUA/Espanha/2009) foi pessimamente lançado no Rio de Janeiro, tendo uma carreira canhestra que não foi à altura da grandeza da obra.

Ps3 Este texto foi originalmente escrito para o jornal Montblãat, estando aqui com cortes, correções e acréscimos.

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Nelson Rodrigues de Souza

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