quinta-feira, 21 de outubro de 2010

“4 Meses, 3 semanas e 2 dias” de Cristian Mungiu: A Via Crúcis de Corpos e Almas














“4 Meses, 3 semanas e 2 dias” de Cristian Mungiu

A Via Crúcis de Corpos e Almas

“4 meses, 3 semanas e 2 dias” (Romênia/2007) de Cristian Mungiu ganhou a Palma de Ouro do Festival de Cannes 2007, o prêmio FIPRESCI (Federação Internacional da Imprensa Cinematográfica) no mesmo evento, venceu o European Film Awards 2007 de melhor filme e melhor diretor e chegou em 2008 ao Brasil consagrado, mas nem por isso livre de polêmicas intensas. Num mundo cada vez mais pulverizado parece que estamos cada vez mais propícios a proclamar que toda unanimidade é burra, como profetizou Nelson Rodrigues. Não faltam críticas atrozes contra o filme de Mungiu (seria no mínimo sensacionalista), uma obra que dentre outros temas, trata do aborto, uma questão realmente muito delicada e incômoda.

Até o transgressivo Pier Paolo Pasolini se viu em palpos de aranha com feministas italianas por se posicionar e se declarar contra o aborto. Para o autor da “Trilogia da Vida”, virtuose do Sagrado e do Profano que se confundem e interagem, mas também do mais tanatológico e premonitório dos filmes, que é o doloroso testamento “Saló, Os 120 Dias de Sodoma” (1975), a liberação do aborto pura e simplesmente escamoteava uma discussão mais ampla que deveria ser levantada sobre a sexualidade humana em todos os seus aspectos. Pasolini queria ver esta discussão em curso e não a simples liberação do aborto. Mas o fato é que o desejado não chega/chegou ao nível em que ele ansiava e muitas mulheres engravidam mundo afora sem desejarem. Nem a História como a conhecemos nem a mais moderna História da Vida Privada não param e decisões têm de ser tomadas.

Até meados dos anos 60 o aborto era legalizado na Romênia. Com a intenção de promover um crescimento populacional gigante para os padrões dos regimes comunistas do Leste Europeu, dotando o país de um grande contingente de trabalhadores, o ditador Nicolai Ceausescu tornou o aborto ilegal para mulheres até 45 anos. Cristian Mungiu nasceu em 1968, fruto deste baby boom e cresceu ouvindo muitas histórias, algumas escabrosas. Tornando-se publicitário e depois cineasta resolveu fazer ironicamente seus “Contos da Era de Ouro”*, sobre situações vividas pelos romenos no regime ditatorial que acabou caindo em 1989, com o justiçamento público de Ceausescu. “4 Meses, 3 semanas e 2 dias” é o primeiro da série.

“12:08 –A Leste de Bucareste”( 2006) de Corneliu Porumboiu, com um viés deliciosamente cômico, discutiu se de fato houve heroísmo numa cidadezinha para depor o ditador ou se as pessoas só foram para a praça principal depois de recebida a notícia da fuga deste vilão-mor da nação.

“4 Meses, 3 Semanas e 2 dias”, que se passa em 1987, nos estertores da era Ceausescu, muito longe do bom humor de Corneliu, é um filme grave de precisão cirúrgica naquilo que pretende mostrar. Tem uma secura, uma frieza, uma recusa a qualquer concessão ao melodrama que impressiona. Com uma economia de meios obsessiva, buscando o máximo de expressão com o material que tem em mãos, com eloqüentes, marcantes e perturbadores planos-sequências, Mungiu nos faz acompanhar a descida aos infernos de seus personagens, tentando realizar o que é ilegal numa sociedade repressiva, asfixiante e carente de solidariedade. Chega até a ser surpreendente a atitude de um homem que oferece num ônibus um tíquete de passagem à protagonista que está prestes a ter de se explicar com uma fiscal policialesca e arrogante.

Gabita (Laura Vasiliu) e Otília (Anamaria Marinca), jovens de vinte e poucos anos, são colegas de apartamento numa república universitária, onde itens básicos de consumo são obtidos no mercado negro. Gabita está grávida e Otília a acampanha na perigosa aventura de abortar numa sociedade onde reina a desconfiança geral (vale aquela máxima de que numa ditadura, muitas vezes o pior não é o ditador, mas o “guardinha da esquina”....). O hotel em que de ínício Gabita havia reservado um quarto por telefone, acaba criando problemas para Otília, com a intolerância de uma porteira. Outro hotel, depois de muitos apelos lhes concede por três dias um quarto caro para os poderes aquisitivos das mulheres. Gabita não contou toda a verdade à amiga e esta diante da inflexibilidade, crueldade e exigências cada vez mais abusivas do aborteiro Bebe (Vlad Ivanov), algumas insinuadas, acaba tendo que complementar o pagamento com serviços sexuais, pois o dinheiro que juntaram seria para quem estivesse mendigando segundo a ótica perversa dele. Uma vez aceitas as condições degradantes tem-se início ao processo abortivo, exposto até certo nível com planos incisivos, sem elipses.

O grande achado de “4 Meses, 3 Semanas e 2 dias” é narrar sua história colada não à personagem frágil, indecisa, até certo ponto leviana de Gabita, que é quem está querendo abortar, mas sim explorar em vários aspectos as ações e reações de Otília, que tem de dar respostas rápidas até mesmo às conseqüências de mentiras da amiga, que tinha comentado falsamente com o algoz Bebe, que as duas eram irmãs. Otília espanta pelo estoicismo com que se entrega em sua via-crúcis tanto de corpo e alma. Não que a outra não tenha seu quinhão forte de sofrimentos morais e físicos, mas é em Otília que está a espinha dorsal do filme. Aparentemente fria demais para as situações que enfrenta, como ter de levar o feto para outro bairro e jogá-lo numa lixeira de um prédio, sem que ninguém descubra, o que ocorre na verdade com ela, revelado num trabalho extraordinário de Anamaria Marinca, é que “chega a fingir que é dor, a dor que deveras sente”, conforme popularizou Fernando Pessoa.

A sociedade romena ditatorial é sempre o pano de fundo desta história acutilante, seja com referências a filas enormes para compra de açúcar, ilegalidade até mesmo para compra de cigarros, etc. Mas é numa antológica seqüência que se passa no aniversário da mãe do namorado Adi (Alexandru Potocean), num apartamento, que o filme tanto reafirma sua inspiração por um suspense quase que hitchcockiano, como desnuda um mundo de aparências sociais perigosas. Otília deixa Gabita no quarto do hotel em processo melindroso para expelir o feto e tem de cumprir um compromisso social com a família de Adi. Num longo plano-sequência vemos na mesa ela e seu namorado, no centro da imagem, ouvindo abobrinhas das famílias, algumas até preconceituosas, alusivas ao fato dela ser de uma família do interior ou até mesmo fumar e cursar a Politécnica, quando “o normal” seria mulheres cursarem Medicina. Otília só tem seus pensamentos na amiga e tem de tolerar todo este lero-lero, disfarçando a angústia extrema. O impacto da cena lembra, guardadas as devidas proporções, a partida de tênis de “Pacto Sinistro” (1951), um dos clássicos de Alfred Hitchcock, quando o tenista precisa ganhar rápido uma partida para poder ir atrás do psicopata que deseja incriminá-lo de vez , plantando pistas falsas, para criar mais um dos “homens errados” que recheiam a filmografia do mestre do suspense.

Uma faca é retirada por Otília da maleta de Bebe. Este esquece a carteira de identidade na portaria do hotel quando vai embora. Gabita não atende telefone ou não abre a porta. Táxis se tornam difíceis a certa hora da noite. Os desenvolvimentos da narrativa são imprevisíveis. O potencial das situações para um grande desastre é ciclópico.

Há quem critique Mungiu pelo clima de suspense criado, como se estivesse construindo paulatinamente um circo de horrores pseudo-humanista, na lógica do quanto pior, melhor, de forma apelativa, buscando maximizar efeitos para um tema tão grave. Ora o mestre Hitchcock sempre lidou com temas fortes como matricídio, cleptomania, “nazismos” interiorizados, apocalipses no cotidiano, psicopatias das mais variadas feições e atitudes (como o estrangulador de mulheres feias através de gravatas da obra-prima “Frenesi”) etc. Extraiu o máximo de suspense destas histórias, teve seus detratores e hoje, merecidamente é tido como um gênio da História do Cinema, com poucas contestações. Truffaut escreveu que Hitchcock ao privilegiar o suspense captou de certa forma o que seria a essência do cinema. Todos os filmes, ao seu modo, trabalham com a expectativa, o suspense em relação ao que virá a seguir (até mesmo o ascético Robert Bresson de “Pickpocket”- 1959).

Estamos com uma crise econômica mundial cujos efeitos desconhecemos quais serão. Economistas cínicos escrevem que ela será controlada ainda que muitos perecerão... Ora, viver é, sempre foi e provavelmente será muito perigoso, reverberando o Riobaldo de “Grande Sertão:Veredas” de Guimarães Rosa. Numa sociedade como a romena de 1987 de tantas restrições tudo é mais acirrado. Mungiu mergulha seus personagens neste pote de leite onde quanto mais se mexerem mais correm o risco de o leite coalhar e ficarem presos. Mungiu vai fundo na precariedade da existência humana, na sua fragilidade.

“4 Meses, 3 Semanas e 2 dias” não nos poupa da visão do feto abortado com esta idade do título, num plano-sequência atordoante, assim como Krzysztof Kieslowski também não nos livra de detalhes sórdidos em “Não Matarás”(1998), tanto do assassinato demorado do motorista de táxi como dos rituais da pena de morte do assasssino pelo Estado. Curiosamente é o que faz também outro filme estreado na mesma época, o ótimo “Paranoid Park”(EUA/2007) de Gus Van Sant que nos mostra um homem partido ao meio, atropelado por um trem, com uma metade se movimentando, resultado de uma transgressão e de um acidente que o jovem protagonista skatista Alex provoca num crime não doloso, um filme no mais, antípoda esteticamente do que está em questão, reinando uma sofisticada estilização. Sobre explicitação de horrores vale reproduzir o que o diretor Mungiu disse em entrevista a Silvana Arantes na Folha de São Paulo:

Quando escrevi o roteiro, não tinha certeza se iria ou não mostrar essa imagem. Na edição, havia alternativas. Mas, pelo modo como fizemos esse filme, percebi que a coisa mais desonesta que eu poderia fazer com o espectador seria não deixá-lo ver o mesmo que a personagem via naquela hora. Todo esse filme foi feito tentando evitar a idéia de manipulação. Buscamos um estilo em que o nosso ponto de vista, da equipe que filmava, não se impusesse como intermediário entre a história e o espectador”.

Não é a visão do feto, entretanto, o que mais nos choca neste filme, mas sim constatar que os problemas que levanta ainda são prementes em muitas sociedades contemporâneas, como a brasileira (aqui temos notícia até de mães desesperadas e enlouquecidas que jogam seus filhos recém-nascidos em córregos), que se recusam a discutir estes temas com maturidade, com conseqüências reais muito mais desastrosas do que as que vivenciamos através da proximidade com que o filme nos coloca diante dos seus personagens. Uma aproximação que nos lembra da eficácia dos diretores irmãos Luc e Jean-Pierre Dardenne, principalmente do extraordinário “O Filho” (2002), prêmio de melhor ator em Cannes e ainda mais instigante que os duplamente premiados em Cannes com a Palma de Ouro, “Rosetta” (1999) e “A Criança” (2006).

Mungiu nos municia com vários elementos relativos à embaraçosa questão do aborto, de diferentes ângulos, de uma forma ainda mais poderosa do que Mike Leigh no belíssimo “O Segredo de Vera Drake” (2004), Leão de Ouro em Veneza, mas este ainda é um tema em segundo plano nestas obras. O que reluz com mais força neste filme romeno estupendo é a questão da solidariedade humana custe o que custar (o que Leigh também almeja e consegue com a excepcional generosidade ainda que ingênua de Vera, num trabalho fenomenal de Imelda Staunton). Otília enquanto personagem é uma conquista no mundo da ficção do que tem estado mais raro no mercado comum da vida humana. Não é à toa que num dado momento decisivo da obra ela nos encara, patenteando a covardia a que nos acostumamos. Se não viu, vá à locadora e veja esta obra-prima, oportuníssima nesta época em que os dois candidatos à presidência da República tergivesam vergonhosamente diante do tema do aborto para capturarem eleitores religiosos fanáticos evangélicos ou não.

* Está em cartaz no Rio de Janeiro e São Paulo, “Contos da Era Dourada” uma produção França/Romênia (2009) com seis histórias escritas por Cristian Mungiu, sendo duas dirigidas por ele e mais quatro por Hanno Höfer, Razvan Marculescu, Constantin Popescu, Ioana Uricaru, todas lendas bizarras, um tanto surreais mas com forte tom naturalista, sobre os 15 últimos anos do domínio do ditador Ceausescu. O filme, no conjunto muito bom, tem irregularidades perdoáveis e nos faz rir na linha doendo também. Qualquer semelhança com o clima de camaradas sob Nosso Guia que vivemos hoje no Brasil é mera coincidência

Ps. Este texto foi publicado originariamente no jornal Montblãat. Aqui encontra-se com cortes, correções, acréscimos e atualizações.

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Nelson Rodrigues de Souza

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