sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Duas Formas de Ressurreição: “A Vida dos Outros” e “Luz Silenciosa”















Duas Formas de Ressurreição: “A Vida dos Outros” e “Luz Silenciosa”

“A Vida dos Outros” de Florian Henckel von Donnersmarck

Um Homem Mau e Seu Avesso

O que um filme como “A Vida dos Outros” (Alemanha/2006), estreia de Florian Henckel von Donnersmarck tem a ver com “Central do Brasil”(1998) de Walter Salles? A relação de Salles com os road movies de Wim Wenders, cineasta de anos áureos do cinema alemão em que tínhamos Fassbinder, Schlöndorff, Kluge, Herzog e outros, é conhecida. Mas com o novato Florian o que há é uma identidade que não é formal e sim de visão ética do mundo. Ambos acreditam em transformações benignas do caráter humano mesmo em situações bastante adversas.

Em “Central do Brasil” acompanhamos a humanização da professora aposentada Dora que de trambiqueira que explorava analfabetos passa paulatinamente a ser, não sem oscilações, uma mãe substituta sensível de um garoto que corre risco de vida e quer juntar-se à família no Nordeste (um argumento que nos lembra, em parte, “Glória” (1980) de John Cassavetes). Em “A Vida dos Outros” somos testemunhas das transformações por que passa um rígido e profissional torturador, professor e espião da temida Stasi (polícia secreta da antiga República Democrática Alemã que contava com 100 mil membros oficiais e 200 mil informantes numa população de 17 milhões de pessoas) que invade e observa a vida de um escritor e sua namorada que é atriz.

No universo da Literatura o mais célebre personagem em que ocorre uma grande transformação espiritual é o Raskolnikoff de “Crime e Castigo” de Dostoiévski que de assassino convicto de uma velha usurária que desprezava, passa por intensa e dolorida busca, antes de qualquer coisa, por perdão a si mesmo. “A Vida dos Outros” não tem esta densidade filosófica e existencial. Mas dentro do tema das transmutações que pode ocorrer com as almas humanas tem pontos de contacto com este monumento literário.

No site oficial do filme, www.thelivesofothers.com, o diretor Florian explicita sua proposta, plenamente atingida:

No filme cada personagem responde questões com as quais nos defrontamos todos os dias: como lidar com poder e ideologia? Nós seguimos nossos princípios ou nossos sentimentos? Mais do que qualquer outra coisa, “A Vida dos Outros” é um drama humano sobre a habilidade dos seres humanos fazerem a coisa certa, não importa o quanto eles tenham percorrido uma trajetória errada.”

Em 1984 (um ano que nos remete obviamente à sociedade hipercontrolada de “1984” de George Orwell) o escritor Georg Dreyman (Sebastian Koch) é considerado o único confiável pelo regime comunista da República Democrática Alemã, uma pessoa fiel ao Partido Socialista Único, de forma tal que pode ser lido no Ocidente. Christa-Maria Sieland (Martina Gedeck) é atriz, trabalha em peças de Georg, é sua namorada, mas ao mesmo tempo, bastante insegura, é amante do Ministro Bruno Hempf (Thomas Thieme), com quem consegue favores como remédios ilícitos e força para sua carreira. Para tirar Georg de seu caminho, o ministro pede (pedido que é uma ordem...) ao tenente coronel Anton Grubitz (Ulrich Tukur), chefe de segurança do Ministério da Cultura que descubra atividades do escritor que sejam contrarrevolucionárias em relação aos ditames do partido. Grubitz escala o metódico Capitão Gerd Wiesler (Ulrich Mühe, visto em “Violência Gratuita” de Michael Haneke e “Amém” de Costa Gravas), que monta um aparato de escuta fabuloso para acompanhar a vida do escritor.

O suicídio do diretor de teatro Albert Jerska (Volkmar Kleinert) que estava numa lista negra há sete anos sem poder trabalhar faz com que Georg tome posição e contrabandeie um belo artigo para a revista Der Spiegel, sobre o encobrimento das estatísticas de suicídio na República Democrática Alemã, um lugar onde havia dados sobre tudo menos sobre aqueles que não enxergavam ali mais nenhuma esperança. Capitão Wiesler terá que driblar seus superiores para não relatar o que constata, dentro de um processo desencadeado de transformações não só interiores como também enquanto agente de histórias da vida dos outros.

O trabalho de Ulrich Mühe, falecido em julho de 2007, é magnífico tanto em suas nuances silenciosas como na contenção e precisão de suas falas. Aquele ser que é visto dando uma aula de tortura gravada a um grupo de alunos, marcando com um x o nome de um deles que aponta para a desumanidade de manter alguém sem dormir, explicando que quem mente tem um discurso decorado que vai repetir sempre (daí a necessidade de deixá-lo sem dormir...), é o mesmo homem que constata sua solidão ao transar com prostitutas em comparação às relações amorosas de Georg e Christa, que derrama uma lágrima ao ouvir Beethoven e chega a roubar um livro de poemas de Brecht que lê com envergonhada emoção. Um ator menos habilidoso colocaria o brilhante roteiro de Florian Henckel von Donnersmarck a perder, pois muito da crença no filme repousa na credibilidade espantosa que Ulrich nos passa (o mesmo que ocorre com Fernanda Montenegro em “Central do Brasil” num outro tom).

Se Ulrich Mühe é o ponto mais alto de interpretação, os demais atores também nos transmitem grande envolvimento e qualidade. Sebastian Koch como o escritor que de início se submete e vai perdendo o que tem de fé no regime, cresce mais ainda no final, mas logo no começo, tem uma sequencia chave onde George diz a Christa, depois de tocar uma sonata de Beethoven ao piano:

Você sabe o que Lênin disse sobre a “Apassionata”? Se eu ficar ouvindo isto eu não termino a revolução. Pode alguém que ouviu esta música, que a ouviu realmente, ser realmente uma má pessoa?”

Assim desenvolve-se “A Vida dos Outros”. Com excelente aproveitamento da tela larga, é um thriller singular que num eixo central comunga com o estilo hitchcockiano e vai agregando camadas surpreendentes de sentidos, de 1984 até ultrapassar a glasnot de Gorbatchov e a queda do muro de Berlim em 1989, culminando num desfecho inesquecível e de grande densidade poética.

“A Vida dos Outros” venceu o European Film Awards de 2006 nas categorias melhor filme, melhor ator e melhor roteiro e 7 Lola Awards, incluindo filme, diretor e ator. Na festa do Oscar 2007 desbancou o favorito, o extraordinário “O Labirinto do Fauno” na categoria de melhor filme de língua estrangeira. Suas qualidades não o fazem merecer tanto, mas este prêmio seguramente impeliu o mercado exibidor brasileiro a tornar este belíssimo filme, visível para nós, ainda que com certo atraso. A chancela Oscar faz alguns torcerem o nariz e investirem numa busca de grandes defeitos que diminuam o valor da obra. Atitude infrutífera. “A Vida dos Outros” é mais do que um grande trabalho. É um filme com eficiente estrutura de conto, sem pieguices, bastante urgente numa era em que estamos nos afogando num mar de cinismos e perdendo a fé no homem e no seu processo civilizatório.

“Luz Silenciosa” de Carlos Reygadas

Nas Malhas da Culpa

Num mundo tão cínico e com espiritualidades postiças e capengas em que vivemos a história de “Luz Silenciosa” (México/2007) seria banal. No contexto em que o filme a coloca ela se reflete em nós de forma sublime. Somos mergulhados no mundo dos menonitas no Norte do México, uma sociedade bastante rígida, puritana, com signos de progresso restritos. Há carros, as vacas são ordenhadas mecanicamente, mas reina uma vida bastante ascética, onde a linguagem é um dialeto que vem de uma ramificação da língua alemã: o plautdietsh. Os menonitas professam uma doutrina que nasceu no século XVI, um ramo mais radical do cristianismo. O filme trabalha com atores não profissionais e num só momento em que surge a ajuda de um mexicano numa estrada é que se fala espanhol.

Johan (Cornelio Wall) é casado com Esther (Miriam Toews) e os dois têm sete filhos. Johan apaixona-se por Marianne (Maria Pankratz), passa a tê-la como amante e não consegue esconder o fato de sua esposa por uma questão de aguda consciência e culpa. Logo no começo, depois de uma refeição em família com as rezas habituais, Esther sugere que o marido fique sozinho para meditar e o vemos chorando copiosamente. Não consegue decidir entre a família construída e para onde caminha o seu desejo. Ao contar para o pai, um pastor (Peter Wall), o que está lhe acontecendo, este diz que sentiu algo parecido anos atrás, mas optou por ficar com a família. Para o pastor o que está se passando é coisa do diabo e será superado. O filho lhe retruca que é coisa de Deus. Para este, Deus lhe traz uma culpa que ele deve vivenciar em seus extremos.

“Luz Silenciosa” é composto de planos muito longos, enquadramentos precisos, muitos silêncios, ausência de música e foi filmado com luz natural, num prodígio técnico e artístico fabuloso onde vemos um amanhecer e um anoitecer com nuances e paciência como nunca o cinema nos mostrou antes. Sente-se a respiração dos personagens a todo o momento. Estes se mostram de modo geral contidos, mas estão à beira da exaustão e da explosão. Como contraponto a toda esta tensão temos o banho da família em águas tranquilas evidenciando a paz familiar que está por um triz, sendo quebrada por sentimentos incontroláveis.

Os desdobramentos desta história aparentemente simples no seio desta comunidade (tão estranha para nós como são os “amishs” mostrados por Peter Weir em “A Testemunha”-1985) não vão ser aqui adiantados, mas vale a pena lembrar que sem copiar simplesmente e sim homenageando, há uma parte crucial do filme que se inspira num milagre do clássico “A Palavra” (1955) de Carl Von Theodor Dreyer, um filme que também envolve comunidades de moral religiosa rígida e os conflitos que disso advém. Como Ingmar Bergman também bebeu na fonte Dreyer, “Luz Silenciosa” também não deixa de ser uma evocação de alguns procedimentos e temas de Bergman como religiosidade, culpa, indagações metafísicas, matéria em confronto com espiritualidade.

“Luz Silenciosa” é o terceiro e mais bem sucedido longa-metragem de Carlos Reygadas. Em comum os seus filmes têm o gosto pelos planos longos e detalhados e a vontade de conduzir o espectador a um universo que lhe cause estranhamento e que o cinema de modo geral lhe nega. Em “Japão” (2002) um homem vai até um povoado distante no interior do México com a intenção de dar cabo à vida, mas acaba encontrando vitalidade justamente num relacionamento amoroso consumado com uma anciã índia, mostrado sem nenhum pudor. Em “Batalha no Céu” (2005) temos personagens da periferia da Cidade do México onde sexualidade, violência e religiosidade se entranham de forma incomum e surpreendente, trabalhando novamente com atores não profissionais. De certa forma “Luz Silenciosa” é um filme mais inteligível que seus longas metragens anteriores, mas nem por isso menos complexo.

Com “Japão”, Reygadas ganhou prêmio especial Camera D’or para melhor filme de estreante da Quinzena dos Realizadores de Cannes 2002. “Batalha no Céu” participou da mostra competitiva de Cannes 2005. ”Luz Silenciosa” ganhou o prêmio especial do júri de Cannes 2007 e o Prêmio FIPRESCI de Melhor Filme Latino Americano do Festival do Rio 2007. Ainda assim há quem considere o diretor um impostor. Afinal “pão ou pães, é questão de opiniães” nos diz Riobaldo em “Grande Sertão Veredas”.... As sentenças negativas vêm do fato de Reygadas evocar Dreyer, Tarkovski, Buñuel. Não teria uma identidade própria. Mas a forma com que Reygadas lida com diferentes facetas da sociedade mexicana de uma forma rara, tornando-o singular dentro do panorama do cinema latino americano, faz destas evocações uma riqueza complementar e não uma desdita.

“Luz Silenciosa” com seus tempos dilatados é um filme que é muito mais para ser vivenciado, contemplado, sentido do que compreendido. O milagre que surge dentro do hiper-realismo com que o diretor trabalha nos conduz a um terreno que não estamos mais acostumados a pisar, sufocados que estamos por tanto materialismo e niilismo. De onde menos se espera vem um gesto que redunda mágico. É um ato de amor aonde poderia estar presente o ódio, o ciúme, a mesquinharia, o sabor da vingança.

Como contraponto ao mundo “atrasado” e “parado no tempo” dos menonitas, com seu tempo particular, sem neuroses competitivas de produção de bens de consumo especiais, é interessante a visão de “A Questão Humana” (França/ 2007) de Nicolas Klotz em que se traça paralelismos entre o modo de seleção via recursos humanos dos seres que merecem “um lugar ao sol” no universo das grandes corporações (com seus eufemismos como reengenharia e problema no lugar de questão) e os tecnicismos da ordem nazista para dar fim às vidas consideradas inúteis. Para esta situação não há milagre que resolva. Só uma grande reforma estrutural e de mentalidades.

Os dois primeiros filmes de Reygadas foram exibidos no Brasil apenas em festivais. Já “Luz Silenciosa” é uma luz que banhou silenciosa e magnificamente as telas do circuito exibidor de cinemas brasileiros, ainda que projetado em algumas praças com uma única cópia.

Ps Estes textos foram publicados originalmente no jornal Montblãat. Aqui se encontram com correções, cortes, atualizações e acréscimos.

http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://ocriticosoueu.zip.net/images/luzsilenciosaposterfinal_JPG.jpg&imgrefurl=http://ocriticosoueu.zip.net/&usg=__FlEvLrz1JUrGol-Ct7YA6dsrt7o=&h=450&w=315&sz=121&hl=pt-br&start=0&zoom=1&tbnid=akWVw94brLuMJM:&tbnh=125&tbnw=95&prev=/images%3Fq%3D%2522Luz%2BSilenciosa%2522%2522Carlos%2BReygadas%2522%26um%3D1%26hl%3Dpt-br%26sa%3DN%26biw%3D1360%26bih%3D677%26tbs%3Disch:1&um=1&itbs=1&iact=rc&dur=740&ei=R40BTZKxEoKbnwfu9bXoDQ&oei=R40BTZKxEoKbnwfu9bXoDQ&esq=1&page=1&ndsp=30&ved=1t:429,r:0,s:0&tx=60&ty=66

http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.peliculas.info/wp-content/uploads/2007/11/luz-silenciosa.jpg&imgrefurl=http://www.peliculas.info/28-11-2007/peliculas/drama/luz-silenciosa-la-nueva-pelicula-del-mexicano-carlos-reygadas&usg=__8oWFYYRhCXlMBOITMDH7Rsf8EmE=&h=636&w=450&sz=46&hl=pt-br&start=0&zoom=1&tbnid=faDtL_XEthLSWM:&tbnh=125&tbnw=88&prev=/images%3Fq%3D%2522Luz%2BSilenciosa%2522%2522Carlos%2BReygadas%2522%26um%3D1%26hl%3Dpt-br%26sa%3DN%26biw%3D1360%26bih%3D677%26tbs%3Disch:10,27&um=1&itbs=1&iact=hc&vpx=413&vpy=9&dur=8791&hovh=267&hovw=189&tx=105&ty=149&ei=R40BTZKxEoKbnwfu9bXoDQ&oei=R40BTZKxEoKbnwfu9bXoDQ&esq=1&page=1&ndsp=30&ved=1t:429,r:2,s:0&biw=1360&bih=677

http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.ioncinema.com/old/images/user/news_2548_user_15290.jpg&imgrefurl=http://www.ioncinema.com/news/id/2548&usg=__I1_SxNrrwUzpt5fZA4pot54OdLM=&h=300&w=500&sz=83&hl=pt-br&start=0&zoom=1&tbnid=tQUr4uEbJCla1M:&tbnh=104&tbnw=174&prev=/images%3Fq%3D%2522Luz%2BSilenciosa%2522%2522Carlos%2BReygadas%2522%26um%3D1%26hl%3Dpt-br%26sa%3DN%26biw%3D1360%26bih%3D677%26tbs%3Disch:10,27&um=1&itbs=1&iact=hc&vpx=901&vpy=55&dur=340&hovh=174&hovw=290&tx=162&ty=108&ei=R40BTZKxEoKbnwfu9bXoDQ&oei=R40BTZKxEoKbnwfu9bXoDQ&esq=1&page=1&ndsp=30&ved=1t:429,r:5,s:0&biw=1360&bih=677

http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://stat.correioweb.com.br/arquivos/divirta/materias2007/luzsilenciosa_materia.jpg&imgrefurl=http://divirta-se.correioweb.com.br/materias.htm%3Fmateria%3D4349%26secao%3DPrograme-se%26data%3D20080905&usg=__BV10R_uFXvpxiUo8UeuGyIIaMvQ=&h=300&w=400&sz=77&hl=pt-br&start=179&zoom=1&tbnid=wXyOTSd2APtpvM:&tbnh=170&tbnw=196&prev=/images%3Fq%3D%2522Luz%2BSilenciosa%2522%2522Carlos%2BReygadas%2522%26um%3D1%26hl%3Dpt-br%26sa%3DN%26biw%3D1360%26bih%3D677%26tbs%3Disch:10,5081&um=1&itbs=1&iact=hc&vpx=584&vpy=104&dur=1051&hovh=194&hovw=259&tx=133&ty=97&ei=8o8BTaLDFoLGlQf8ttmACA&oei=R40BTZKxEoKbnwfu9bXoDQ&esq=5&page=10&ndsp=19&ved=1t:429,r:3,s:179&biw=1360&bih=677

http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.proa.org/proyectos/bergamo/luz.jpg&imgrefurl=http://www.proa.org/proyectos/bergamo/programa.html&usg=__lq68XTq-SRpgh7Qr2aHnORKRndE=&h=230&w=340&sz=12&hl=pt-br&start=104&zoom=1&tbnid=VRq6S7lgAGJXUM:&tbnh=156&tbnw=231&prev=/images%3Fq%3D%2522Luz%2BSilenciosa%2522%2522Carlos%2BReygadas%2522%26um%3D1%26hl%3Dpt-br%26sa%3DN%26biw%3D1360%26bih%3D677%26tbs%3Disch:10,2539&um=1&itbs=1&iact=hc&vpx=524&vpy=324&dur=553&hovh=184&hovw=272&tx=138&ty=120&ei=kpABTY6MIoa8lQeJpaSMCA&oei=R40BTZKxEoKbnwfu9bXoDQ&esq=7&page=6&ndsp=18&ved=1t:429,r:2,s:104&biw=1360&bih=677

http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.danielmatos.com.br/wp-content/uploads/2009/11/japon.jpg&imgrefurl=http://www.danielmatos.com.br/%3Fp%3D321&usg=__fdwMmhvGYJ5IcaDjc1jQSoR9WUs=&h=477&w=335&sz=19&hl=pt-br&start=0&zoom=1&tbnid=kTOZDm2Rj4DrLM:&tbnh=122&tbnw=96&prev=/images%3Fq%3D%2522Jap%25C3%25A3o%2522%2522Carlos%2BReygadas%2522%26um%3D1%26hl%3Dpt-br%26sa%3DG%26biw%3D1360%26bih%3D677%26tbs%3Disch:1&um=1&itbs=1&iact=hc&vpx=122&vpy=42&dur=279&hovh=268&hovw=188&tx=99&ty=126&ei=WpEBTbesNMOblge_p8z9Bw&oei=D5EBTdHuI5WvngeVho3oDQ&esq=6&page=1&ndsp=35&ved=1t:429,r:0,s:0

http://www.google.com.br/imgres?imgurl=https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCiIfUxOnFVqq_JhSxTfvp9nKvh93hG886DkuCELV3iM3w9AyLAAvWmegjlieXyTN0v0fhUMbawoF5XtNrHur8OF-nKhgtR16Kefcag0q3HMwjL8aeqbwPB3ZcNddiySwKwqDUyR_6siA/s1600/Batalha+no+C%C3%A9u.jpg&imgrefurl=http://www.segundoocinema.blogspot.com/&usg=__rfIkmZyW8ECh34nnFRR_guuVpyQ=&h=373&w=275&sz=18&hl=pt-br&start=0&zoom=1&tbnid=ZCclmlblTEJaGM:&tbnh=135&tbnw=93&prev=/images%3Fq%3D%2522Batalha%2Bno%2BC%25C3%25A9u%2522%2522Carlos%2BReygadas%2522%26um%3D1%26hl%3Dpt-br%26sa%3DG%26biw%3D1360%26bih%3D677%26tbs%3Disch:1&um=1&itbs=1&iact=rc&dur=606&ei=6pEBTYaiO4aBlAfj1tiNCA&oei=uJEBTdfqLcObnAej1uznDQ&esq=6&page=1&ndsp=34&ved=1t:429,r:0,s:0&tx=46&ty=87

http://www.google.com.br/imgres?imgurl=https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgt6ekZvaTkIcy4mlbBWmwfTTMd2aVkkrJTJ2BUbHDz0ji1-pmbeK7aHFNNInFd2Y6oHAHCCkQ-bKe2_LiI31LyuODcHUN-BSnLvraN5VjhzhymBXQ5Yk7FiwpjOnV4cJcpK7TER92iZgw/s1600/La+Question+Humaine+(2007).jpg&imgrefurl=http://besteiras-e-afins.blogspot.com/&usg=__1rUZNqNTijKPTQG-UznHt87tmgc=&h=800&w=600&sz=78&hl=pt-br&start=0&zoom=1&tbnid=0LX1kmlm8F-9HM:&tbnh=169&tbnw=127&prev=/images%3Fq%3D%2522%2522A%2BQuest%25C3%25A3o%2BHumana%2522%2522Nicolas%2BKlotz%2522%26um%3D1%26hl%3Dpt-br%26sa%3DN%26biw%3D1360%26bih%3D634%26tbs%3Disch:1&um=1&itbs=1&iact=hc&vpx=143&vpy=234&dur=488&hovh=179&hovw=135&tx=99&ty=154&ei=oZIBTcXNMoT7lwfJj-n9Bw&oei=YJIBTfCHPI3ZnAf8ifDnDQ&esq=3&page=1&ndsp=18&ved=1t:429,r:6,s:0

http://www.google.com.br/imgres?imgurl=https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbj20AF1BQIf80aYxHsWRalsKOZfK68fxn0sQBWwGRNVTEkkEYH0DOoYtBR8AUnUFhZgxLH0JN3nAU1x6m69q_Azghx4aE5FvTVKYnMN4uk_uyT-en9eN1D54FqyRKGlkz99zD0Pv45Cg/s1600/a+vida+dos+outros.jpg&imgrefurl=http://sosleitoresmurca.blogspot.com/2010/06/vida-dos-outros-florian-henckel-von.html&usg=__YrME7AMmOkwp9KXGo5G792lBjZU=&h=500&w=343&sz=46&hl=pt-br&start=0&zoom=1&tbnid=XidbWomjdpj7RM:&tbnh=135&tbnw=93&prev=/images%3Fq%3D%2522A%2BVida%2Bdos%2BOutros%25E2%2580%259D%2522Florian%2BHenckel%2Bvon%2BDonnersmarck%2522%26um%3D1%26hl%3Dpt-br%26sa%3DN%26biw%3D1360%26bih%3D677%26tbs%3Disch:1&um=1&itbs=1&iact=hc&vpx=433&vpy=40&dur=1173&hovh=271&hovw=186&tx=95&ty=123&ei=K5MBTdmXG4Kdlgf5ot2xCA&oei=K5MBTdmXG4Kdlgf5ot2xCA&esq=1&page=1&ndsp=33&ved=1t:429,r:3,s:0

http://www.google.com.br/imgres?imgurl=https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcDu925RWO5KaRvusKzwcrv8xTCK1KVOSPh2kpwZW9x1o4PUgApSJMH0pPuvI3BJZTaLvxsl0P2wKx7Mutht5WRUi0bGnoH99lCMzTaxjEhSARm9tFt_9a2-2FADujaj29FJqekH9bSi8I/s1600/A+vida+dos+outros.jpg&imgrefurl=http://lisandronogueira.blogspot.com/2009/11/vida-dos-outros-em-cartaz.html&usg=__1dtSbGxLnhGV-UYQAqSohNwm6dA=&h=366&w=652&sz=18&hl=pt-br&start=0&zoom=1&tbnid=4s3kAN8BQ4CbTM:&tbnh=124&tbnw=172&prev=/images%3Fq%3D%2522A%2BVida%2Bdos%2BOutros%25E2%2580%259D%2522Florian%2BHenckel%2Bvon%2BDonnersmarck%2522%26um%3D1%26hl%3Dpt-br%26sa%3DN%26biw%3D1360%26bih%3D677%26tbs%3Disch:1&um=1&itbs=1&iact=hc&vpx=204&vpy=232&dur=1142&hovh=168&hovw=300&tx=173&ty=88&ei=K5MBTdmXG4Kdlgf5ot2xCA&oei=K5MBTdmXG4Kdlgf5ot2xCA&esq=1&page=1&ndsp=33&ved=1t:429,r:10,s:0

http://www.google.com.br/imgres?imgurl=https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeKDdFMgF1oTj5bFuoHIBUuZCH50KCsNEt_py9nqthyphenhyphen3116buKt66C3LXxnD3LYV9B_M9Qrqh_0LaXPWuftcl6rZipNhjH9AydYyFFIMQHh9wlUbQIzs_uVkXPD4_zhCEOeXM88clDiXI/s400/vida_outros.jpg&imgrefurl=http://dimensaoestetica.blogspot.com/2007_12_01_archive.html&usg=__m8HSczjACRzwcTIeR5INSJYzL60=&h=267&w=400&sz=17&hl=pt-br&start=195&zoom=1&tbnid=7lcN1Tot_OIkTM:&tbnh=181&tbnw=232&prev=/images%3Fq%3D%2522A%2BVida%2Bdos%2BOutros%25E2%2580%259D%2522Florian%2BHenckel%2Bvon%2BDonnersmarck%2522%26um%3D1%26hl%3Dpt-br%26sa%3DN%26biw%3D1360%26bih%3D677%26tbs%3Disch:10,5474&um=1&itbs=1&iact=hc&vpx=881&vpy=284&dur=1361&hovh=183&hovw=275&tx=169&ty=107&ei=bZQBTd7bCYGKlweo-_39Bw&oei=K5MBTdmXG4Kdlgf5ot2xCA&esq=8&page=11&ndsp=19&ved=1t:429,r:5,s:195&biw=1360&bih=677

http://www.google.com.br/imgres?imgurl=https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHAwCLzVvpJfL66COiyM0s-umQrXi_yZhbtj8dmBm1kecQFthk8giyDMugXKf5MCDgikRhlV-avK3Kcmlr4SL0DuUo9qAUqC4T2ge9o2YQcla9p8usrkM0wZpAnqPiuoPJ1QuLPXY-QpnK/s400/A+Vida+dos+Outros1.jpg&imgrefurl=http://museudocinema.blogspot.com/2009_06_01_archive.html&usg=__tXpZn-tVzviJYI1-YyBflasspts=&h=160&w=400&sz=14&hl=pt-br&start=86&zoom=1&tbnid=uhTfh-ycGu-S4M:&tbnh=84&tbnw=209&prev=/images%3Fq%3D%2522A%2BVida%2Bdos%2BOutros%25E2%2580%259D%2522Florian%2BHenckel%2Bvon%2BDonnersmarck%2522%26um%3D1%26hl%3Dpt-br%26sa%3DN%26biw%3D1360%26bih%3D677%26tbs%3Disch:10,1954&um=1&itbs=1&iact=hc&vpx=907&vpy=425&dur=455&hovh=125&hovw=314&tx=106&ty=91&ei=xZQBTa3eMoa8lQfJosHfCA&oei=K5MBTdmXG4Kdlgf5ot2xCA&esq=8&page=5&ndsp=18&ved=1t:429,r:4,s:86&biw=1360&bih=677

http://www.google.com.br/imgres?imgurl=https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7_RribnOeSZ5vzR2gQhBuIWb3DtXQEwYKPburyFAtWWEOYFPaqWnBXFClANYUBDQfkhVDI5Jh5Y9pQwRlN7c3Xf2PtQRF3vA-zs_nG5lP4P25yUCJR_98PflIWQFWdhzVMo55NoNO-8gA/s320/ordet.jpg&imgrefurl=http://teatrofantasma.blogspot.com/2009/11/sobre-palavra-de-carl-dreyer.html&usg=__7o0XZ6tUW5ZuXqYDQXjSy3cVSMg=&h=320&w=227&sz=18&hl=pt-br&start=0&zoom=1&tbnid=sJ19qmMlh-Eo8M:&tbnh=133&tbnw=94&prev=/images%3Fq%3D%2522A%2BPalavra%2522%2522Dreyer%2522%26um%3D1%26hl%3Dpt-br%26sa%3DN%26biw%3D1360%26bih%3D677%26tbs%3Disch:1&um=1&itbs=1&iact=hc&vpx=696&vpy=187&dur=3948&hovh=256&hovw=181&tx=97&ty=121&ei=vp0BTYDnD8X6lweLtsnYCQ&oei=E50BTeiwJYW0lQevnuTcCQ&esq=4&page=1&ndsp=31&ved=1t:429,r:11,s:0

http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.adorocinemabrasileiro.com.br/filmes/central-do-brasil/central-do-brasil-poster02.jpg&imgrefurl=http://www.adorocinemabrasileiro.com.br/filmes/central-do-brasil/central-do-brasil.asp&usg=__gZGI1BVy70ijfgZP0p_WO-AMV9M=&h=381&w=247&sz=37&hl=pt-br&start=0&zoom=1&tbnid=3_psFU8vgpZ_VM:&tbnh=134&tbnw=87&prev=/images%3Fq%3D%2522Central%2Bdo%2BBrasil%2522%2522Walter%2BSalles%2522%26um%3D1%26hl%3Dpt-br%26sa%3DG%26biw%3D1360%26bih%3D695%26tbs%3Disch:1&um=1&itbs=1&iact=hc&vpx=290&vpy=35&dur=339&hovh=279&hovw=181&tx=81&ty=147&ei=_fQBTYWWBsKBlAfurLXSCQ&oei=_fQBTYWWBsKBlAfurLXSCQ&esq=1&page=1&ndsp=31&ved=1t:429,r:1,s:0

Nelson Rodrigues de Souza

Nenhum comentário:

Postar um comentário