terça-feira, 23 de novembro de 2010

Tsai Ming-Liang, O Homem do Tempo/ “O Sabor da Melancia” de Tsai Ming-Liang: O Amor Banido no Reinado de Uma Atroz Incomunicabilidade
















No panorama cultural carioca está em pauta o evento adiante, cuja súmula foi retirada do site do CCBB-RJ-

http://www.bb.com.br/portalbb/page511,128,10153,1,0,1,1.bb?dtInicio=11/2010&codigoEvento=3764

Tsai Ming-Liang, O Homem do Tempo

23 Nov a 12 Dez

Local: Cinema I | CCBB RJ

Horário: Ver Programação

Mais abrangente retrospectiva já realizada do diretor malaio. Solidamente instalado no time dos mais prestigiados e influentes realizadores contemporâneos graças à coesão, originalidade e ousadia de sua filmografia, Tsai Ming-Liang tornou-se um dos mais apreciados artistas da atualidade. Entre as raridades da mostra, ficções e documentários feitos para a televisão na década de 90, preciosidades sobre as quais pouco se conhece, raramente exibidas mesmo nos circuitos alternativos. Uma mesa redonda discutirá a obra do cineasta que estará presente no Brasil durante a realização do evento.

Curadoria: João Juarez Guimarães

Ver programação completa no folder da mostra.

SERVIÇO

Data: 23 de novembro a 12 de dezembro

Local: Cinema I | Rua Primeiro de Março, 66 - Centro

Bilheteria/Informações: Terça a domingo, das 9h às 21h | Telefone: (21) 3808-2020

Ingressos: CINEPASSE | R$ 10 e R$ 5 (meia), válido por 30 dias, para acesso às mostras de cinema, por meio de senhas. As senhas deverão ser retiradas 30 minutos antes decada sessão.

*Classificação Indicativa: de acordo com o filme

Assim, considero oportuno atualizar texto publicado originalmente no jornal Montbläat, agora com revisões, cortes e acréscimos, pois “O Sabor da Melancia” é um filme bastante emblemático da carreira do cineasta.

“O Sabor da Melancia” de Tsai Ming-Liang

O Amor Banido no Reinado de Uma Atroz Incomunicabilidade

A incomunicabilidade entre os seres humanos de modo geral e nas relações amorosas, que sempre existe num considerável grau, fazendo parte da condição humana, é uma das matérias primas essenciais de toda obra de Michelangelo Antonioni, mas este extraordinário cineasta italiano, que já captou vários momentos de exasperação desta situação, nunca a levou aos extremos de ferocidade que o cineasta de Taiwan, o malaio Tsai Ming-Liang tem apresentado em seus filmes. Agora com “O Sabor da Melancia” (Taiwan/França/2005) esta constante temática atinge seu ápice. Sinal dos tempos?

Uma forte estiagem assola Taipé e na ausência de água, a melancia passa a ter sua cotação elevada, sendo muito consumida. Mas seu significado no filme não se restringe a essa praticidade. Ela ainda pode ser empregada como fetiche sexual. É desta forma que somos apresentados a Hsiao Kang (Lee Kang-Shengi) ator de filmes pornô, vestido de médico que transa com uma mulher vestida de enfermeira, onde uma melancia partida cumpre a função de genitália feminina. A situação é realmente engraçada, como outras do filme, mas é um grande equívoco (quando não uma propaganda enganosa) o título que o filme recebeu no Brasil, bem como a chamada no cartaz: “uma comédia suculenta e picante de Tsai Ming-Liang”. O título mais adequado para “The Wayward Cloud” seria “ A Nuvem Inconstante”. O título com que foi exibido no Festival de São Paulo de 2005, ”Nuvens Carregadas”, também tem sentido, mas a ligeireza que o título brasileiro sugere agora é inadequada, pois as relações eróticas do filme são permeadas pela mecanicidade, angústia e muitas vezes desespero, com um clima tanatológico.

“O Sabor da Melancia” é mais um filme de criação de climas, ambiências, estados de alma do que de narrativa propriamente dita. Para quem assistiu “Que Horas São Aí?” (2001), exibido no Festival de São Paulo de 2002 e agora na Mostra do CCBB será reconhecível a retomada dos personagens Hsiao-Kang e Shiang-Chyi (Chen Shiang-Chyi), onde ele vendia relógios e ela acaba indo para Paris. Estes dados, entretanto, não são fundamentais para que se mergulhe no universo de sensações, muitas vezes bizarras, propostas pelo filme. Ela volta de Paris, o encontra dormindo numa praça e sem que saiba que ele agora protagoniza filmes pornôs, iniciam uma frágil relação afetiva onde o sexo não será consumado, havendo apenas climas criados. Hsiao vampiriza e é vampirizado em seu ganha pão numa cidade grande onde um vazio imenso é representado por ruas e praças desertas e muitas pessoas só aparecem pela televisão, disputando gincanas de quem come melancia mais rapidamente ou lança sementes mais longe. A seca da cidade também representa a secura dos sentimentos e sua relação com Shiang-Chyi é especialmente travada. Uma das fortes seqüências do filme se passa justamente numa locadora de filmes pornôs onde os dois tentam de uma forma angustiada, com sofreguidão, fazer amor, numa hipérbole de relações mecanizadas.

Se antes chovia muito em filmes do diretor, agora Shiang-Chyi carrega garrafas de água e Hsiao-Kang vai tomar banho no reservatório de um prédio. Do incômodo da vida real, assim como acontece em “O Buraco” (1998), surgem fascinantes números musicais com acentuado gosto pelo kitsch, agora mais requintado e com coreografias mais apuradas que o filme anterior. Em alguns dos números não deixa de ser destilada uma melancolia própria da que é vivenciada pelos personagens. Tsai Ming-Liang cresceu na Malásia assistindo a musicais orientais com os avós. Aqui tenta recuperá-los, influenciado também por Hollywood e os trabalhos de Busby Berkeley (em uma seqüência há uma profusão de guarda-chuvas com tons que emulam a fruta redentora). Mas a mistura de inocência e perversão em que surge até um símbolo fálico cultuado é puro Tsai Ming-Liang e vai desapontar os que procurarem maiores proximidades com os filmes célebres do gênero. Sua atitude aqui está mais próxima da iconoclastia de Lars Von Trier em “Dançando no Escuro” com as visões que a cega Selma interpretada por Björk tem quando se vê em situações de grandes apuros. A rigor, entretanto, o que é mostrado em “O Sabor da Melancia” é suis-generis. Os números musicais refletem o humor dos personagens e ao mesmo tempo, com suas coreografias e cores vivas, pontuam o filme de tal forma a tirar o espectador de certo torpor que a narrativa radical em seus longos e lentos planos pode lhe provocar.

“O Sabor da Melancia” é carregado de símbolos que são um banquete para os espectadores, como a chave perdida incrustada no asfalto que quando é retirada faz jorrar água. Mas um é especialmente bem forte. Shiang-Chyi sobe as escadas de seu prédio com uma melancia na barriga coberta por sua blusa. Passa então a sentir dores de parto e a vemos com a fruta na mão com se tivesse nascido uma criança. É na fantasia que concretiza aquilo que não consegue pela indiferença de Hsiao-Kang.

Se há forte incomunicabilidade entre seus personagens o mesmo não se pode dizer do ator Lee Kang-Sheng e Tsai Ming-Liang: este ator-fetiche está presente em boa parte dos filmes do cineasta e acompanhamos diferentes estados de espírito de seus personagens, sendo que a química entre ator e diretor é perfeita, tendo em vista os filmes que pudemos assistir no Brasil, algo comparável ao trabalho de Jean-Pierre Léuad com François Truffaut. Aliás, não é por acaso que Léuad trabalha no último Tsai que é “Visage/ Faces”(2009). Em “O Rio” (1997) um verdadeiro encontro entre pai e filho (Lee Kang-Sheng ) só se dá numa situação constrangedora e a seu modo singular, também sublime, o que evoca em crueldade um tanto do final de “O Sabor da Melancia”: o filho sem saber masturba o pai numa sauna. Em “O Buraco” um homem (Lee Kang-Sheng) e uma mulher vivem separados em andares diferentes de um prédio, tendo para se comunicar apenas um buraco. Há uma epidemia no bairro rondando as pessoas de forma que elas deveriam abandonar o lugar onde estão, mas os dois resistem, só se tendo um ao outro, num jogo de difícil aproximação. Em “Vive l’ Amour (1994) a solidão humana em Taipé nos é mostrada de forma assustadora. Seu longo plano-seqüência final é um dos mais tristes da história do cinema. Nunca antes diferentes fases de um choro convulsivo foram exploradas com tanta força, realçando o isolamento do ser humano nos espaços dos grandes centros urbanos.

Os franceses chamam orgasmo de petit mort. Poucas vezes vimos no cinema Eros associado com Thanatos de uma forma tão forte como em “O Sabor da Melancia”, o que nos lembra a expressão francesa. As cenas de sexo não têm nenhum glamour e são transbordantes de sofrimento e mecanicidade. Há quem critique o cineasta por não fazer a crítica de um estupro no filme. A forma com que esta seqüência é montada, ressaltando todo vazio, terror e desesperança desta situação já é uma crítica. Há os que consideram o filme misógino, o que não é oportuno. Com sentido contrário poderíamos então dizer que também é contra os homens. O fato é que estamos no reino pleno do desamor de todos os seres.

“O Sabor da Melancia”, ganhador do prêmio de melhor filme pela FIPRESCI ( Federação Internacional de Imprensa Cinematográfica) e do Urso de Prata de melhor contribuição artística do Festival de Berlim de 2005, com seus diversos registros narrativos, seu forte apego ao simbólico, suas quebras surpreendentes com inusitados números musicais, suas cenas de sexo arrojadas que tangenciam mas não são de sexo explícito, suas bizarrices, seu humor tristonho, é um filme que pode incomodar muito o espectador, principalmente o que for, desavisado, atraído pelas falsas promessas de sua publicidade. O filme passa longe do bom humor atingido por Joaquim Pedro de Andrade no episódio “Vereda Tropical” de “Contos Eróticos”, onde Cláudio Cavalcanti pratica suas fantasias também com uma melancia. Quem chegar ao final do filme, entretanto, vai se deparar com uma seqüência antológica do cinema recente. Ela também não é fácil de ser assistida, mas carrega em si uma síntese perfeita do estado das coisas na sociedade contemporânea, com um forte terror anímico que toma conta dos protagonistas, uma forte extrapolação do desprezo ao ser humano, da coisificação do outro, do corpo, da perversão em nome da captação de moeda corrente, culminando num dos mais desconcertantes encontros da história do cinema, que provoca grande impacto. É um momento raro de felicidade ou o desespero na sua mais completa expressão?

Ps Até “O Sabor da Melancia” alguns filmes de Tsai Ming-Liang foram exibidos no país no circuito comercial. “Eu Não Quero Dormir Sozinho” (2006), visto no Brasil só em festivais é obra-prima absoluta que assisti em Paris com legendas em francês, perdendo alguns diálogos mas siderado com o poder hipnótico das imagens. Num Festival do Rio de 2 anos atrás dei um jeito de ver o filme duas vezes, agora com legendas em português. É um absurdo que obra de tal magnitude de um já sabido grande cineasta fique inédita por aqui nos circuitos.

Já “Visage/Face” (2009) filmado em Paris, com locações no Louvre, chegou até a ser anunciado na revista Bravo! como uma das estreias do mês, este ano. No entanto o filme desapareceu! Não se tem mais notícias dele em relação ao circuito, nem em DVD. Passa agora na Mostra do CCBB-RJ.

Os dois filmes, assim como outras obras inéditas do autor como “Goodby, Dragon Inn” (2003) certamente seriam sucessos, no mínimo de culto. Este último nos mostra a decadência de um cinema antes tradicional agora transformado num cinema onde o objetivo maior não é o filme e sim a pegação entre homossexuais etc. Algo que também nos mostra “Serbis” (2008) do filipino Brillante Mendoza, outro grande cineasta esnobado pelo circuito, já comentado no Blog, mas num tom mais dinâmico, sendo que Tsai continua comtemplativo e trabalhando magnificamente com longos planos sequências, o que nele, longe de ser um fetiche estéril, expressa uma visão de mundo paciente e generosa para com excluídos e marginalizados.

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Nelson Rodrigues de Souza

terça-feira, 16 de novembro de 2010

“As Cartas Psicografadas de Chico Xavier” de Cristiana Grumbach / “A morte: a vida em outra moldura” e outras reflexões correlatas















“As Cartas Psicografadas de Chico Xavier” de Cristiana Grumbach

“A morte: a vida em outra moldura” e outras reflexões correlatas

Cristiana Grumbach, assistente de Eduardo Coutinho em filmes como “Edifício Master”, “O Fim e o Princípio”, dentre outros, estreou no cinema com o bastante interessante “Morro da Conceição” (Brasil/2005), onde este bairro pouco conhecido incrustado no Centro do Rio de Janeiro, perto da Praça Mauá, nos é revelado em suas particularidades através de imagens de suas ruas singulares pelo que conservam de um Rio antigo, como também de depoimentos de moradores idosos que estão nele há anos. De certa forma é um pequeno universo que nos é desvendado onde o ritmo difere do corre-corre da produtividade compulsória que é incutida nos que vivem o frisson dos escritórios “cá embaixo” etc. A linguagem do documentário é simples e direta, estruturada na força dos depoimentos e na poética de ruas que hoje mais vemos em livros e exposições do que vivenciamos.

Agora, com “As Cartas Psicografadas de Chico Xavier” (Brasil/2010) Cristiana dá um passo adiante: o universo que nos revela é mais complexo e sujeito a polêmicas, principalmente quando nos apegamos a convicções arraigadas e dogmatismos automáticos de crenças e descrenças. O tema maior desta obra recente é a força do espiritismo na vida de pais e mães que perderam filhos quando estes eram crianças ou adolescentes, quando ainda tinham um mundo todo para desbravar aqui neste nosso planeta.

Mães (principalmente) e alguns pais dão depoimentos a respeito do impacto que tiveram em suas vidas a perda de um filho ou filha. Todos tem em comum a ida (ou várias idas) a Uberaba na procura de conforto espiritual através de mensagens que Chico Xavier psicografa dos filhos para as respectivas mães e pais. Chico psicografou milhares de cartas. O filme mostra algumas, de modo geral lidas pelos próprios pais e/ou mães. A expressão de dor controlada de muitos dos entrevistados é pungente. Não falta emoção na leitura das cartas por mais que eles já as conheçam. Cristiana prefere que os envolvidos leiam estas cartas, pois foram eles que as receberam. Só quando algum leitor tem dificuldade em entender a letra ela intervém.

Com material tão forte como este, não havia por que Cristiana inventar em termos de experimentação de linguagem (o que Coutinho anda fazendo, por exemplo, em filmes como “Moscou” e no recente “Um Dia na Vida”, exibido até agora apenas na Mostra de São Paulo, sem previsão de lançamento, por um problema sério de direitos autorais, pois monta imagens retiradas da televisão aberta, exibindo-as em outro contexto que é o Cinema para que reflitamos sobre o banal das imagens que nos são mostradas).

A maior audácia em termos de experimentação de Cristiana é uma até certo ponto angustiante fixação em alguns sofás vazios por certo tempo, que nos remete às perdas e ao mesmo tempo presença (para quem acredita) de seres que segundo um dos depoentes, depois da passagem, estariam com vida numa nova moldura. O silêncio nestas fixações é algumas vezes quebrado pela leitura de cartas.

Uma senhora que não via mais sentido na vida passa a adquirir vontade de viver já na fila de espera para ser atendida pelo médium. Um casal de judeus incorpora o espiritismo em suas vidas. O médium para vários dos depoentes se refere a detalhes da vida deles sem que tivessem a ele contado nada antes como, por exemplo, uma gravidez. Parente que está próximo de um ser desencarnado é a princípio desconhecido por uma consulente e depois numa pesquisa ela descobre a sua existência terrena. Etc.

O olhar da câmera de Cristiana é antes de tudo afetivo e não invasivo, dando o tempo emocional que as pessoas precisam para contar suas histórias. Claro que algumas lágrimas delas são inevitáveis, mas nem por isso o filme fica piegas e lacrimogênico, mas sem também cair no seu oposto que seria o distanciamento frio. Num dado momento uma senhora pergunta algo deste teor: “Você não acredita nestas coisas, não é?”. Cristiana responde com outra pergunta e a senhora segue seu depoimento adiante: “Por que a senhora acha isto?”

No UOL Cinema (http://cinema.uol.com.br/ultnot/reuters/2010/11/11/documentario-investiga-cartas-de-chico-xavier.jhtm ) Neusa Barbosa comenta que ninguém questiona o fato das cartas todas começarem com um “Querida mãezinha” e terem linguagens bastante próximas, apesar da diversidade cultural das pessoas mortas. Aonde Neusa se perde nesta observação que sugere a possibilidade de animismo (interferência do próprio médium no texto em que ele deveria ser apenas um intermediário) é que estas criaturas desencarnadas já estão em outro plano que não o terreno e já não conservam o linguajar que aqui tinham. Por exemplo: uma criança que morre não vai necessariamente mandar mensagens tatibitates, mas sim com uma linguagem adulta.

“Nosso Lar” (Brasil/2010) de Wagner de Assis se propôs uma missão quase que impossível: materializar no cinema através de imagens o que seria o umbral e principalmente o Nosso Lar. Seu umbral com os corpos demenciais chafurdando na lama e caminhando feito zumbis e o Nosso Lar como um cenário de ficção científica soam muito mais como algo extremamente kitsch do que verdadeiros. Isto aliado às falas doutrinárias que mal conseguem constituir personagens críveis derruba o filme. O que se salva neste equívoco todo é o trabalho realmente muito bom de Renato Prieto como André Luiz e sequências como sua aparição “no mundo dos vivos” que só a empregada ligada aos cultos afros consegue enxergar.

“As Cartas Psicografadas de Chico Xavier” é o antípoda de “Nosso Lar”. A diretora retrata com emoção uma realidade da qual muitos desdenham, mas que está aí para ser documentada, mas não existe nenhum tom apologético. O filme pode também ser muito bem apreciado como drama humano por quem não comungar de forma alguma com as noções espíritas.

Uma mãe ao final diz que já teve em vidas passadas várias relações intercambiantes com sua filha morta. O filme para por aqui, sugerindo que sua trilha aberta é inesgotável.

No universo da ficção temos o pouco visto, fascinante e hitchcockiano “Voltar a Morrer/Dead Again” de Kenneth Branagh, EUA, 1991, com o próprio e Emma Thompson onde em reencarnação passada ele era ela e vice-versa. Mais recentemente temos o extraordinário “Tio Boonmee, que Pode Recordar Suas Vidas Passadas” (Tailândia/2010) de Apichatpong Weerasethakul, Palma de Ouro em Cannes, já comentado neste Blog quando de sua exibição no Festival do Rio, que nos fala de reencarnações de uma forma bastante plácida, natural, nada doutrinária, com grande credibilidade e poesia visual, constituindo-se numa fábula budista de acordo com visões da cultura tailandesa.

O tema espiritismo é bastante polêmico e pode gerar várias controvérsias. Uma vez trabalhado o filme de Cristiana e suas possíveis conexões, como este blog se propõe a ser uma visão pessoal sobre cinema (e outras perplexidades) narro adiante algumas experiências que tive com esta área do conhecimento humano que são as manifestações espíritas.

Tenho as mãos muito grandes e com bastante energia. Quem me conhece sabe que quando falo, gesticulo muito. Certo oráculo disse-me há anos atrás para comprar um bloco de papel em branco, colocar uma toalha branca sobre uma mesa, acender uma vela, segurar uma caneta com uma mão (a esquerda, pois sou canhoto) e concentrar-me. Pois fiz isto várias vezes. Eu, com plena consciência, via minha mão mexer-se independentemente de minha vontade e passar a fazer vários rabiscos sucessivos na folha de papel em branco como se fossem pulsos rascunhados de eletrocardiogramas. Fazia isto por uma meia hora, toda semana. Quando parava estava mentalmente completamente esgotado como se tivesse estudado por horas e horas a fio. Depois de certo tempo passei a escrever/ psicografar meu próprio nome. Algum espírito estava tentando se comunicar comigo. Em paralelo li obras de Allan Kardec e “A Chave da Teosofia” de Madame Blavatsky ( Plínio Marcos tem uma peça sobre ela, absurdamente inédita nos palcos cariocas). Muito do que estava vivendo na época de alguma forma era explicado por estes livros. Mas como tinha meus grandes interesses culturais além do trabalho estafante de cada dia e senti que estava lidando com algo muito sério que demandaria de mim muito tempo, conversei como o oráculo e ele me disse para parar com tudo por algum tempo. Como nunca mais perguntei nada sobre este assunto, nunca mais pratiquei os rudimentos de psicografia para evolução. Mas creio que este é um caminho que poderia ter escolhido.

Domingos Oliveira de quem assisti uma inesquecível palestra/depoimento no Parque Laje nos anos 80, dentre outras personalidades da cultura brasileira (um dia ainda faço um post sobre estas conversas) e tenho acompanhado quase toda sua obra seja no Teatro ou no Cinema, costuma dizer que “escrever é a loucura sobre controle”. E é realmente neste estado que me sinto quando estou escrevendo, principalmente os meus contos onde procuro trabalhar com várias vozes. Claro que não se trata de psicografia. Neste caso minha mente comanda meus dedos sobre as teclas. Mas continua havendo certo mistério no processo criativo. O mesmo Domingos já disse que para se fazer arte “temos que compactuar com o mistério”. E realmente, independentemente da grande, média ou baixa qualidade do que escrevo (os leitores que decidam o veredicto) há sempre uma aura de mistério sobre de onde acabo extraindo certas ideias e alguns temas que de certa forma, obsessivos, vão se impondo.

Saindo de mim, narro aqui uma história de uma parente muito querida que estava com um problema nos olhos que ia se agravando e o médico lhe dizia que caminhava para uma operação um tanto delicada. Ela de Mogi das Cruzes, onde vive, mandou uma carta ao Centro Espírita Tupyara aqui no Rio de Janeiro, relatando seu problema. Depois de certo tempo lhe mandaram uma carta para uma “operação espiritual à distância”. Foi-lhe recomendado que num certo dia e hora marcados, por certo tempo, depois de uma dieta específica, trajando certa roupa, ficasse quieta em meditação. E assim ela fez. Quando voltou ao seu oftalmologista ele perguntou o que tinha acontecido, pois seus olhos estavam melhores, enxergando bem e disse que por hora ela ficasse em acompanhamento, mas não havia necessidade prevista de operação. Temendo que ele fosse evangélico e o que foi salvífico se transformasse num problema, ela não contou o que de fato fez.

Mas nem só de histórias positivas tenho me relacionado com o espiritismo. Acredito na noção de karma. Nascer homossexual num mundo onde grassa a homofobia fulminantemente em várias plagas, até mesmo no seio da própria família (algo que os negros, mesmo com o racismo vivenciado e nada negligenciável, tendem a não vivenciar com seus familiares mais próximos) é realmente um karma. Mas o que nós do grupo GLBT devemos fazer? Lutar com todas as forças para não perder a autoestima, lutar contra qualquer forma de homofobia internalizada e também contra as amarras que a sociedade homofóbica tenta nos impor, vivenciando o mais plenamente possível tanto em teoria como na prática nossa homossexualidade. Enfim temos que lutar e muito para transformar este karma em dharma (que no seu sentido mais simples pode ser virtude).

Até aqui a história é positiva, de superação. Mas tive um namorado há anos atrás cuja relação comigo durou poucos meses. Ele frequentava um Centro Espírita onde recebeu através de um médium a mensagem de que deveria lutar contra seu karma. Mas seria no sentido de negação, superação da homossexualidade, lutar contra seus desejos mais íntimos, ou seja, uma “cura” impossível. Isto lhe trazia os maiores conflitos, pois ao mesmo tempo em que desejava sexo com outro homem, desejava superar isto, abstendo-se, o que lhe provocava um curto-circuito mental. Por mais que eu falasse não adiantou e a relação acabou. Meu emocional ficou tão perturbado durante esse processo que gerei no corpo algo que nunca tive antes nem depois: dois furúnculos de três cabeças cada um em duas diferentes partes do peito, os quais só sumiram quando bastante apertados e saindo muita pus. Acredito que se minhas defesas não tivessem ficado tão baixas, eu não os teria contraído. Foi algo somatizado.

Conheço histórias de pessoas próximas com mediunidade de visão: elas veem/ viram desconhecidos e/ou conhecidos em suas casas. Em um caso, o quarto onde a avó morou foi mantido sem nada mudar após sua morte. No café da manhã, o neto acordou, viu a avó na mesa e deu-lhe bom dia. Depois se tocou que ela tinha morrido. A imagem se desvaneceu.

O problema de receber mensagens em centros espíritas é sair do maniqueísmo de bem e mal e saber quando o que se recebe realmente vem com sabedoria ou não, o que vai depender do estágio de evolução destes espíritos. Um irmão meu mesmo doente continuou frequentando um centro onde participava de cerimônias de “doutrinação de espíritos”, ou seja, explicar a seres desencarnados o que seria caminhos de luz e não de trevas. Acredito que estes contatos não tenham feito bem a ele. Nesta fase de sua vida estava fraco para o que se propunha fazer e diretores do centro teriam de tê-lo alertado.

Para se acreditar em Deus, creio que se deve acreditar também no corolário “Deus escreve certo por linhas tortas”. Paulo Autran num programa de televisão onde se comentava os tsunamis da Ásia aumentou mais ainda sua descrença em Deus. Mas para isto existe a noção da karma coletivo, que entendo até certo ponto. Não sou a pessoa mais indicada para explicar isto. Mas conheço pessoas bem mais capacitadas a discorrer sobre o tema. Preferi aqui me ater a experiências minhas e de pessoas com as quais convivi/ convivo.

O fanatismo é um desaguadouro grave em qualquer religião. Um problema do espiritismo é acabarmos caindo na indiferença em relação aos problemas terrenos extremamente sérios, adotando um conformismo esterilizante tanto na vida pessoal e seus entraves como nas questões sociais candentes. Neste sentido um ateu convicto antenado com as questões do mundo em que viveu, vivendo a vida em plenitude possível, como José Saramago, que pode ser visto no extraordinário “José e Pilar” (2010) de Miguel Gonçalves Mendes em cartaz, pode ser uma pessoa muito mais espiritualizada do que muitos ditos espíritas/espiritualistas.

Quando Shakespeare colocou na boca de Hamlet se dirigindo a Horácio que “Há mais mistérios entre o céu e a terra do que sonha a nossa vão filosofia”, ele não estava brincando, não estava apenas criando uma sofisticada e poética boutade.

Ps. Não comentei nada sobre “Chico Xavier” de Daniel Filho por uma razão simples: ainda não o assisti. Uma lacuna que pretendo sanar em breve. Na época de sua exibição nos cinemas estava com problemas de saúde conforme sabem os leitores que me acompanham há mais tempo.

Cheguei a folhear um exemplar de “Parnaso de Além Túmulo” com poemas psicografados por Chico Xavier. É impressionante a beleza de poemas atribuídos a vários poetas que já morreram. Para se ter o livro, ele tem que ser encomendado pois é uma edição volumosa. Digamos, por absurdo, que Chico tenha sido um fingidor. Haja talento em todo este fingimento....

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Nelson Rodrigues de Souza